SENADO FEDERAL – Comissão adia votação de projeto que torna crime hediondo assassinato de autoridades e parentes de juízes e promotores.

Na última terça-feira (10), a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado Federal adiou a votação do projeto de lei (PL) 4.015/2023, que propõe a classificação do assassinato de juízes, promotores, procuradores, defensores e advogados públicos e oficiais de Justiça como crime hediondo e homicídio qualificado. A decisão de adiamento foi tomada após um pedido de vista do senador Alessandro Vieira (MDB-SE), e a votação está agora prevista para o dia 24 de abril.

O projeto em questão busca alterar o Código Penal e a Lei de Crimes Hediondos, com o objetivo de garantir uma punição mais severa para crimes cometidos contra autoridades do sistema judiciário e seus familiares. O texto da Câmara dos Deputados recebeu parecer favorável do senador Weverton (PDT-MA), que destacou a importância de proteger aqueles que atuam na garantia da justiça no país.

Além de classificar como crime hediondo o assassinato de magistrados e membros do Ministério Público, o PL 4.015 também propõe o aumento em até dois terços da pena por lesão corporal praticada contra essas autoridades ou seus parentes. A inclusão de mais categorias na lista de autoridades protegidas foi sugerida através de emendas ao projeto, como a proposta da senadora Daniella Ribeiro (PSD-PB) de considerar também homicídio qualificado o assassinato de defensores públicos e de oficiais de Justiça.

Outra emenda, apresentada pelo senador Efraim Filho (União-PB), ampliou a proteção para advogados públicos e procuradores dos estados e do Distrito Federal. O relator Weverton ainda incluiu no texto os parentes das vítimas por afinidade até o terceiro grau, garantindo uma proteção mais ampla para aqueles que estão envolvidos no sistema de justiça.

A discussão em torno do PL 4.015/2023 ressalta a importância de garantir a segurança e a integridade daqueles que trabalham na aplicação da lei e na manutenção da ordem jurídica no Brasil. O adiamento da votação para o próximo mês evidencia a necessidade de um debate aprofundado sobre as medidas propostas e sua efetividade na proteção das autoridades e seus familiares.

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