Segundo a defesa de Bolsonaro, o ex-presidente foi convidado a ficar na embaixada por dois dias para manter contatos com autoridades húngaras, negando quaisquer interpretações negativas sobre a visita. No entanto, o fato de Bolsonaro estar hospedado em um território considerado inviolável pela Convenção de Viena de 1961, impossibilitando sua prisão pelas autoridades brasileiras sem o consentimento da Hungria, levanta questionamentos sobre a natureza da estadia.
O senador Rogério Carvalho enfatizou a importância de investigar a situação, sugerindo que o Senado possa convocar o embaixador húngaro, Miklós Halmai, para prestar esclarecimentos. A revelação da hospedagem de Bolsonaro na embaixada pelo jornal americano The New York Times aumentou ainda mais a pressão sobre o assunto.
A estadia de Bolsonaro na embaixada ocorreu após a operação Tempus Veritatis da Polícia Federal, que investigava uma suposta organização criminosa ligada a uma tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022. O confisco do passaporte do ex-presidente durante a operação gerou grande repercussão.
Para o senador Rogério Carvalho, as investigações em andamento pela Polícia Federal e pela Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do 8 de Janeiro apontam para Bolsonaro como o mentor de uma tentativa de golpe no Brasil. Ele ressaltou a importância de punir aqueles que atentam contra a democracia e o Estado de direito para fortalecer as instituições democráticas do país.
Diante de toda essa controvérsia, a sociedade aguarda ansiosamente por mais informações sobre a estadia de Bolsonaro na embaixada e as possíveis consequências desse episódio para o cenário político brasileiro. A transparência e a responsabilidade na investigação desses fatos são fundamentais para a consolidação da democracia no país.