Diante desse cenário, Corrêa do Lago declarou esperar que haja um movimento em defesa de medidas para conter as emissões de gases de efeito estufa na Argentina. Ele acredita que a resposta a isso deve ser baseada na ciência e espera que haja um debate interno sobre o tema entre os cientistas e acadêmicos argentinos, levando a um posicionamento construtivo. Além disso, destacou a importância do país vizinho, com uma economia relevante, estar atento às questões climáticas.
Apesar das declarações de Milei, o secretário acredita que a visão das novas autoridades argentinas sobre o assunto pode se adaptar à nova realidade, especialmente diante dos fenômenos climáticos extremos que afetam o mundo, como enchentes e ondas de calor. Ele ressaltou ainda que, quando o ex-presidente dos EUA, Donald Trump, adotou uma postura negacionista em relação às mudanças climáticas, o cenário era diferente. No entanto, atualmente, o debate ganhou força, com eventos extremos ocorrendo em diversos países.
É importante destacar que a posse de Milei ocorrerá após a reunião de chefes de Estado na COP 28, conferência mundial sobre o clima em Doha, o que significa que o futuro governo argentino não terá influência no evento. No entanto, o secretário está atento à postura que o país adotará em relação às questões ambientais, considerando a importância de medidas globais para combater as mudanças climáticas.
Portanto, diante das declarações negacionistas de Milei, o posicionamento do Itamaraty demonstra preocupação e expectativa em relação à abordagem que a Argentina adotará em relação às mudanças climáticas, com a esperança de que a ciência prevaleça e que medidas eficazes sejam tomadas para conter as emissões de gases de efeito estufa.