Durante a cúpula, o chanceler brasileiro Mauro Vieira afirmou que o Brasil pretende impulsionar a ampliação do Conselho de Segurança durante sua presidência do G20, destacando a importância de se conferir mais equilíbrio ao órgão representativo. O Brasil há muito tempo reivindica um assento permanente no Conselho e argumenta que é crucial atualizar a representação, especialmente em relação ao Sul Global.
Além disso, a última sessão plenária do G20 foi dedicada à reforma das instituições de governança global, refletindo o compromisso do governo de Luiz Inácio Lula da Silva com a prioridade de reforma. Vieira e o alto representante da União Europeia, Joseph Borrell, defenderam a necessidade de mudanças no sistema multilateral. Borrell, entretanto, foi mais pessimista, afirmando que a inclusão de mais membros no Conselho de Segurança deve ser o primeiro passo antes de se discutir a mudança nas regras de funcionamento do órgão.
Além das discussões sobre a reforma do Conselho de Segurança, o secretário Blinken também pediu ajuda do Brasil para encerrar o conflito em Gaza. Ele destacou a importância do esforço conjunto para alcançar uma paz duradoura no Oriente Médio, enfatizando a necessidade de libertação de reféns e cessar-fogo. Blinken ainda expressou a visão de que o esforço do governo israelense para acabar com o conflito tem sido “insuficiente”.
Já em relação à Ucrânia, o ex-presidente Lula se reuniu com o chanceler russo, Serguei Lavrov, para discutir a situação no país. Lavrov expôs as posições da Rússia em relação ao conflito e o presidente Lula reiterou a disposição do Brasil em colaborar com os esforços em favor da paz. As discussões e promessas feitas durante a reunião de chanceleres do G20 apontam para um cenário de mudanças significativas no cenário global nas próximas décadas.
