SAÚDE – Reclamações de usuários de planos de saúde crescem quase 50% nos primeiros dez meses de 2023, diz ANS.

As reclamações dos usuários de planos de saúde aumentaram 49,7% nos primeiros dez meses de 2023, de acordo com dados divulgados pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) nesta quarta-feira (27). O número de reclamações assistenciais e não assistenciais em 2023 superou os três anos anteriores em todos os meses do ano, atingindo o maior número em agosto, com 36.799 notificações. As reclamações relacionadas à assistência dos planos compreenderam 82,7% das notificações registradas pela agência até outubro.

Segundo a ANS, os planos de assistência médica tiveram 55,1 reclamações para cada 100 mil beneficiários em 2023, em comparação com 24,1 em 2020, 30,2 em 2021 e 36,8 em 2022. Já os planos exclusivamente odontológicos tiveram, em média, 1,3 reclamação para a mesma quantidade de beneficiários nos primeiros 10 meses de 2023, com proporções semelhantes nos anos anteriores.

Além disso, o Boletim Panorama – Saúde Suplementar da ANS revelou que os planos de saúde tinham 50,9 milhões de usuários de assistência médica e 32,2 milhões de clientes de planos exclusivamente odontológicos em outubro de 2023, o que representa um aumento de 1,9% em relação a outubro de 2022. A agência também constatou que os planos coletivos empresariais foram os únicos que apresentaram crescimento positivo (3,57%), enquanto os planos individuais e os coletivos por adesão registraram variações negativas de -1,30% e -2,44%, respectivamente.

Outros dados divulgados pela ANS indicaram que nos últimos cinco anos, cerca de 1,6% das mais de 11 milhões de internações anuais no SUS ocorreram em pacientes cobertos por planos privados de saúde com assistência médica. Além disso, os atendimentos ambulatoriais somaram, em média, 26,6 milhões de procedimentos anuais no SUS, dos quais 4,3% foram identificados como prestados a beneficiários de planos privados de saúde.

Os números revelam um cenário preocupante e apontam para a necessidade de melhorias significativas na assistência prestada pelos planos de saúde, bem como na relação entre as operadoras e os usuários. A ANS constantemente monitora e avalia esses indicadores para garantir a qualidade e a eficiência dos serviços de saúde suplementar no país.

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