SAÚDE – Hospitalizações por SRAG ligadas à covid-19 em alta com “cocirculação” de influenza A no Centro-Sul do Brasil, alerta Boletim InfoGripe.

No Centro-Sul do Brasil, as hospitalizações por síndromes respiratórias agudas graves (SRAG) relacionadas à covid-19 estão em ascensão, de acordo com informações divulgadas pelo Boletim InfoGripe da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) nesta quinta-feira (29). Além disso, em alguns estados, ocorre uma “cocirculação” com o vírus Influenza A, responsável pela gripe. Essa sobreposição de infecções respiratórias tem gerado preocupação entre os especialistas.

O pesquisador Marcelo Gomes, do Programa de Computação Científica (Procc/Fiocruz) e coordenador do InfoGripe, destacou a gravidade do cenário. Ele ressalta que praticamente todo o Centro-Sul do país está enfrentando um aumento de casos associados à covid-19, e que em algumas regiões há uma circulação simultânea do vírus da gripe e do coronavírus. No Nordeste, a Bahia também está registrando um aumento nas internações com sintomas sugestivos de gripe.

Diante desse panorama, Marcelo Gomes recomenda que indivíduos com sinais de infecção respiratória permaneçam em casa e descansem. Caso seja necessário sair, a utilização de máscaras do tipo PFF2 ou N95 é fundamental para evitar a propagação do vírus. Essas medidas são especialmente importantes para aqueles que precisarem ir a uma unidade de saúde.

O aumento de casos de SRAG por covid-19 tem sido observado em diversos estados, como Distrito Federal, Espírito Santo, Goiás, Minas Gerais, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo. Já as associações entre a síndrome e o vírus da influenza A ocorrem principalmente na Bahia, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo.

De acordo com o boletim, nas últimas quatro semanas epidemiológicas, os vírus respiratórios que mais causaram os casos de SRAG foram influenza A (10,3%), vírus sincicial respiratório (10,8%) e Sars-CoV-2/covid-19 (70,6%). A circulação simultânea desses vírus torna ainda mais desafiador o diagnóstico correto e o tratamento adequado dos pacientes afetados.

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