Para o médico infectologista Gonzalo Vecina Neto, ex-presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), mesmo com a “debelada” da pandemia de covid-19, o vírus continua em circulação, o que tem levado ainda a quantidade de mortes. Vecina aponta que é fundamental atualizar o calendário vacinal, especialmente para os grupos de maior vulnerabilidade.
Já a enfermeira Mônica Calazans, primeira pessoa vacinada contra a covid-19 no Brasil, relembra o momento emocionante da vacinação e ressalta a importância da imunização. Ela destaca que sua sensação naquele dia foi de alegria, emoção e esperança, trazendo um alívio num momento de grande tensão pela pandemia.
O desafio atual, apontado pelos especialistas, é fortalecer a vacinação infantil, especialmente para crianças com menos de cinco anos. A mortalidade infantil tem sido um problema, e a atual circulação de variantes do vírus aumenta a necessidade de um programa de vacinação anual para os grupos de risco, além da importância de atualizar as vacinas com foco nas novas variantes.
O Ministério da Saúde divulgou que existem cinco vacinas autorizadas pela Anvisa e em uso no Brasil. Até fevereiro de 2023, a cobertura vacinal para o esquema primário de duas doses com vacinas monovalentes atingiu uma porcentagem de 83,86% desde o início da campanha em janeiro de 2021. O Ministério também destaca a importância de buscar novas aprovações regulatórias e adequar as vacinas às necessidades do país, seguindo as recomendações e atualizando os esquemas de vacinação conforme as vacinas adaptadas às novas variantes estiverem disponíveis.
O foco atual é garantir a cobertura vacinal, aumentar a oferta de doses e atualizar o calendário vacinal para proteger a população, especialmente os grupos mais vulneráveis, contra a covid-19. A vacinação infantil é outra frente importante, a fim de proteger as crianças vulneráveis à doença. A atualização e adequação das vacinas às novas variantes do vírus são essenciais para garantir a proteção contínua da população contra a covid-19.