O governo estadual tomou essa decisão após o número de casos ultrapassar 300 por grupo de 100 mil habitantes, facilitando o acesso a recursos federais e agilizando os processos destinados ao combate da dengue. No entanto, Grinbaum critica a falta de preparação e investimentos prévios, afirmando que a emergência acaba sendo a única alternativa viável para lidar com a situação.
De acordo com o especialista, desde setembro de 2023 já havia indícios do clima favorável para a proliferação do mosquito transmissor da dengue, mas não foram adotadas medidas preparatórias efetivas. Além de investimentos em infraestrutura, como saneamento básico, Grinbaum enfatiza a importância de reforçar as equipes de vigilância sanitária com pessoal capacitado para realizar a busca e eliminação dos focos de reprodução dos mosquitos.
Durante o anúncio do estado de emergência, o governo de São Paulo informou que planeja investir os recursos federais principalmente em equipamentos de combate ao mosquito, insumos e contratação de pessoal para reforçar a capacidade da rede de saúde. Além disso, a Secretaria Estadual de Saúde priorizará o atendimento de alta complexidade aos pacientes com dengue.
O Centro de Operações de Emergências foi criado pelo governo estadual para coordenar as ações de combate ao Aedes aegypti, mosquito responsável pela transmissão da dengue. A antecipação dos registros de casos permitiu a tomada de medidas preventivas, evitando cenários mais críticos em São Paulo.
Outros estados, como Acre, Distrito Federal, Goiás, Rio de Janeiro, Espírito Santo e Santa Catarina, também decretaram estado de emergência devido ao aumento de casos de dengue. Em todo o país, já são registrados 1,2 milhão de casos da doença, com centenas de mortes confirmadas e em investigação. É urgente que medidas efetivas sejam tomadas para conter a disseminação da dengue e proteger a população brasileira.
