A família do menino desembarcou no Brasil um dia antes e passou pelos aeroportos de São Paulo e Porto Alegre antes de chegar a Rio Grande. Apesar disso, o centro de vigilância informou que o menino não estava no período de transmissibilidade da doença durante o trajeto.
No dia 2 de janeiro, o menino foi levado a uma unidade de pronto-atendimento com dor abdominal e febre, sendo posteriormente transferido para o hospital universitário, onde apresentou manchas na pele. Após exames que descartaram outras doenças, a suspeita de sarampo foi confirmada por meio de testes sorológicos e moleculares.
Diante disso, a Secretaria da Saúde do Rio Grande do Sul reforçou a recomendação de vacinação, destacando que a vacina tríplice viral está disponível gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde para crianças a partir de 1 ano e adultos até 59 anos. A população foi orientada a ficar atenta a sintomas como febre, exantema, tosse, coriza ou conjuntivite.
Além disso, a secretaria informou que o Rio Grande do Sul registrou 37 casos de sarampo em abril de 2020 e que a taxa de vacinação no estado é de 92%, abaixo da meta de 95% estabelecida pelo Ministério da Saúde.
O sarampo é uma doença viral altamente contagiosa, especialmente perigosa para crianças menores de 5 anos, imunodeprimidos e desnutridos. O Brasil havia recebido a certificação de eliminação do vírus em 2016, mas perdeu o status após surtos em 2017 e 2018.
O vice-presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações alertou para o aumento recente de casos da doença em vários países e enfatizou a importância da vigilância e da vacinação para evitar novos surtos. A recertificação da eliminação do sarampo no Brasil está prevista para novembro de 2023.
Portanto, o caso importado do Rio Grande do Sul serve como um alerta para a necessidade de vigilância e vacinação em todo o país, a fim de evitar a propagação da doença e possíveis novos surtos.
