Santiago Bausili assume a presidência do Banco Central da Argentina e promete “reconstruir a independência” da instituição financeira.

Santiago Bausili, futuro presidente do Banco Central da Argentina (BCRA), afirmou que enquanto estiver no cargo, a instituição não fechará. Durante sua declaração, ele enfatizou que trabalhará na reconstrução da independência do BCRA, ressaltando que tal independência ocorre quando o BCRA não financia o Tesouro Nacional.

O economista da equipe do futuro ministro da Economia, Luis Caputo, mencionou que evitou afirmar que encerrará a emissão de dinheiro durante sua gestão. Bausili explicou que implementará uma política oposta à que estava sendo feita anteriormente, e destacou que o fechamento do BCRA foi uma das promessas de Javier Milei ao longo da campanha.

Além disso, o futuro presidente do BCRA também afirmou que não sabe se haverá anúncios econômicos importantes na segunda-feira, um dia após a posse do novo presidente. Ele substituirá Miguel Ángel Pesce, que esteve à frente do BCRA durante os quatro anos do governo de Alberto Fernández.

Em relação à política monetária, Bausili reiterou em sua entrevista que trabalhará na reconstrução da independência do Banco Central e destacou a necessidade de implementar uma abordagem oposta à do governo anterior.

Santiago Bausili, que foi processado por “negociações incompatíveis com a função pública” em um caso relacionado a seu trabalho no Deutsche Bank, teve sua acusação cassada pela Câmara Federal na terça-feira, mesmo dia em que ele já aparecia como um nome forte para chefiar o BCRA. Vale ressaltar que sua defesa ficou a cargo de Matías Cúneo Libarona, irmão e sócio de Mariano Cúneo Libarona, que será Ministro da Justiça no governo Milei.

Por fim, Bausili, que é um homem de confiança de Luis Caputo, também atuou em setores financeiros, trabalhando no banco JP Morgan e posteriormente no Deutsche Bank, onde foi responsável pelo controle da dívida soberana de vários países sul-americanos, incluindo a Argentina. Após deixar o banco alemão, ingressou no serviço público, onde, apesar de enfrentar problemas jurídicos, foi nomeado para a presidência do BCRA. A trajetória e os desafios que o aguardam à frente da instituição são aspectos que chamam a atenção e despertam questionamentos sobre o futuro do setor monetário na Argentina.

Jornal Rede Repórter - Click e confira!




Botão Voltar ao topo