Na carta, Salete Tavares expôs sua profunda decepção e tristeza com a situação. Ela afirmou que, como mulher, militante política e ambientalista, sempre acreditou na importância da democracia no Brasil e na luta por uma sociedade mais justa e igualitária. No entanto, foi confrontada com a realidade de ter sido informada, por meio de uma ligação telefônica da presidente estadual em Alagoas, Sandra Menezes, que seria ‘vetada’ pela Federação Brasil caso postulasse seu nome ao cargo de vereadora em Maceió em 2024.
Salete relatou que o deputado estadual do Partido Verde, Sílvio Camelo, confirmou que a Federação Brasil não aceitava seu nome sem qualquer critério ou oportunidade de defesa em reunião. Ela também foi informada de que o deputado tinha a intenção de favorecer seu próprio filho como candidato à vaga na Câmara Municipal de Maceió, desconsiderando qualquer representatividade política que Salete pudesse ter.
Diante desses acontecimentos, Salete decidiu se desfiliar do Partido Verde, alegando que não pode fazer parte de uma agremiação partidária que não valoriza e não respeita a diversidade e a igualdade de gênero. Ela agradeceu a todos que a apoiaram em sua jornada e afirmou que continuará lutando por um país melhor e igualitário.
Salete solicitou que todas as providências necessárias para sua desfiliação sejam tomadas e pediu a exclusão de seu nome do cadastro de filiados. Ela encerrou a carta solicitando uma confirmação do recebimento e efetivação de sua desfiliação.
A atitude de Salete Tavares chamou a atenção para as questões de democracia interna nos partidos políticos e a importância de se valorizar a diversidade e a igualdade de gênero no cenário político atual.