RIO LARGO: Situação crítica de Gilberto Gonçalves “nem macumba salva”

Prefeito é acusado de lista de crimes: de uso de nome falso a ocultação de bens

A Câmara de Vereadores de Rio Largo aceitou as denúncias apresentadas pelo empresário Helder Cavalcante de Moura contra o prefeito do município, Gilberto Gonçalves (PP). Durante sessão ordinária, na quinta-feira, 13, os parlamentares votaram a favor da criação de uma Comissão Processante (CP) para investigar os crimes dos quais o atual prefeito está sendo acusado.

Com nove votos e uma abstenção, a mesa tem como presidente o vereador Izaque, como relator o vereador Jeferson do Controle e membro, vereador Jeferson Alexandre. Caso comprovado os atos de ilegalidade realizados por Gonçalves, o processo pode ocasionar na cassação do mandato, o temido impeachment.

Ele é acusado de crimes de responsabilidade e atos de improbidade administrativa. O mais recente ato de ilegalidade dos quais ele está sendo acusado é a aquisição de um imóvel no nome da sua filha menor de idade, de apenas 14 anos, como ‘laranja’. Segundo Helder Cavalcante, o prefeito atua de modo incompatível com a dignidade e o decoro do cargo.

O primeiro item da denúncia mostra que Gonçalves, no ato da posse, no dia 1º de janeiro de 2017, mentiu ao dizer que não possuía bens móveis e imóveis em seu nome. “É do conhecimento público e notório, inclusive assumido socialmente pelo prefeito, que ele é possuidor de direito e proprietário de fato de vários imóveis e empresas de grande e médio porte na cidade de Rio Largo e em outros municípios, tudo registrado em nome de laranjas”, disse o denunciante.

Tanto é que Gilberto Gonçalves enfrenta várias decisões judiciais em ações trabalhistas. “Trata-se de uma manobra ardilosa para ocultar patrimônio e lavagem de dinheiro, a exemplo dos prédios conhecidos popularmente como: Antigo “Baratão”, hoje Shopping Rio Largo; imóvel do Posto de Combustível; empresa de alimentos “Felicidade” e grandes imóveis residenciais na Av. Fernando Collor de Mello, todos registrados em nome de terceiros”, destacou o empresário.

E as denúncias continuam. “Revelada acima a primeira conduta indigna do prefeito ao prestar a falsa declaração de miséria que passamos a revelar a última conduta fraudulenta do gestor, que não ‘livrando a cara’ se quer de sua filha menor: Geovania Cristina, introduziu a mesma no mundo dos laranjas”, disse a denúncia.

“O prefeito, que tem como nome Gilberto Gonçalves da Silva, se declarando como solteiro (falsidade ideológica), observado inicialmente que ao formalizar a declaração de bens no ato da posse do cargo eletivo de Prefeito, se dizia “casado”, e declarando o  nome falso de GILBERTO GONÇALVES DA SILVA CORDEIRO, adquiriu por compra feita a Sra. Marcélia Almeida da Silva um imóvel abaixo em nome da filha menor: Geovanna Cristina”, acrescentou.

Os crimes cometidos pelo prefeito seriam: ocultação de patrimônio junto a Receita Federal e Câmara de Vereadores; sonegação fiscal; lavagem de dinheiro; falsidade ideológica em diversos contratos de constituição de empresas e em escritura de imóveis; fraude contra credores, em dezenas de ações trabalhistas; e uso do nome, CPF e identidade falsa.

Conforme o presidente da Câmara de Vereadores, Thales Diniz, o grupo tem até 90 dias para concluir a CP. “A Câmara recebeu mais uma denúncia. Fizeram uma representação e entendemos que era para ser recebida. Agora foi instaurada uma comissão, que vai apurar os fatos todos, se as denúncias são verdadeiras”. Em maio, a Câmara abriu uma Comissão Especial Processante de Investigação (CEI) para investigar denúncias contra Gilberto Gonçalves. Gestor é acusado de utilizar bens da prefeitura para fins particulares, além de nomear filhos para cargos importantes.

NOVO TONINHO LINS

Gonçalves comete mesmo crime que “ferrou” Toninho e Eliza

Truque para esconder fraude em licitação é descoberto por denunciante

Os ex-prefeitos de Rio Largo Maria Eliza Alves e Toninho Lins de Souza Filho foram condenados por fraude em licitação para a contratação de bandas, em 2013. A decisão – tomada pelo Núcleo de Improbidade Administrativa do Poder Judiciário de Alagoas, no dia 24 de maio – também alcança o empresário Davi Henrique de Lima.

Seguindo a cartilha dos corruptos, o prefeito Gilberto Gonçalves está cometendo o mesmo crime. Segundo o suplente de vereador, Helder Moura, as atrações do São João de Rio Largo vão ser “contratadas” após realização do evento.

Ou seja, primeiro as bandas vão tocar na festividade e só depois que haverá um pregão para contratação dos artistas. As festas vão ser realizadas nos dias 11 e 12 de junho. Mas a licitação acontecerá cinco dias depois. Como prova, Moura mostrou o documento que comprova que o pregão acontecerá após evento. “E agora, as denúncias são sem provas?”, provocou.

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