Ricardo Salles decide futuro político: candidatura a prefeito de São Paulo ou migração para Partido Renovação Democrática.

O deputado federal Ricardo Salles (PL-SP) está prestes a tomar uma decisão crucial sobre sua candidatura à prefeitura de São Paulo. De acordo com o próprio Salles, a escolha será feita nesta terça-feira, 12, e envolve duas opções: ou o PL (Partido Liberal) barra o apoio ao atual prefeito, Ricardo Nunes (MDB), e anuncia o nome de Salles na disputa, ou o deputado se filiará ao recém-criado PRD (Partido Renovação Democrática), resultado da fusão entre o PTB e o Patriota.

Em entrevista ao jornal Estadão, Salles revelou que terá uma “última conversa” sobre o assunto com o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, e com o ex-presidente Jair Bolsonaro, em Brasília. A reunião está prevista para acontecer após o evento de filiação do deputado Tenente Coronel Zucco (Republicanos-RS).

“Eu vou seguir o caminho que Bolsonaro determinar”, afirmou Salles. “Se ele disser que eu terei legenda no PL, eu me candidatarei pelo PL. Se Valdemar não der a legenda, ou não confirmar que vai dar a legenda, … aí eu opto por pegar a carta (para desfiliação sem perder mandato) e mudar de partido.”

No entanto, fontes do PL afirmaram que não haverá reunião e que Salles estaria tentando “encurralar” Costa Neto em meio às negociações do partido com Nunes. Ainda dentro do PL, há quem duvide da migração de Salles e aposte em um jogo duro pela cadeira na Câmara, apesar de Bolsonaro dar sinais de preferência pelo nome do deputado na disputa.

Bolsonaro, aliás, tem mostrado ser um entusiasta da candidatura de Salles e tenta convencê-lo a permanecer no partido depois de o político ter tido a candidatura rifada no primeiro semestre pelo comando do PL. O deputado espera uma saída amigável para não perder o mandato caso realmente deixe a sigla pela qual se elegeu como o quarto mais votado em São Paulo.

Além disso, há um acerto verbal entre Salles e o Partido Renovação Democrática (PRD), que teria sido adiado devido às negociações ainda em curso com o PL. Faltaria a palavra final do ex-ministro de Bolsonaro, mas o movimento está “100% acordado”, de acordo com lideranças do novo partido.

Salles, conhecido por ter sido ministro do Meio Ambiente de Jair Bolsonaro entre 2019 e 2021, deixou o cargo após se tornar alvo de uma investigação sobre o suposto envolvimento com um esquema ilegal de retirada e venda de madeira. O deputado nega as acusações e se diz perseguido politicamente.

Assim, a decisão de Salles afetará não apenas o cenário político de São Paulo, mas também pode ter impacto a nível nacional, especialmente no contexto de alianças e estratégias visando as eleições de 2022. A escolha do deputado terá consequências tanto para o PL quanto para o novo PRD, que busca crescer e se consolidar como uma alternativa política viável no país.

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