Lewandowski destacou a competência de Sarrubbo, afirmando que ele é um dos melhores quadros do Ministério Público brasileiro e que dedicou grande parte de sua carreira ao combate ao crime organizado. O convite já foi feito e, de acordo com informações obtidas pela reportagem, a ida de Sarrubbo para o Ministério da Justiça depende apenas de sua desincompatibilização do Ministério Público.
O procurador-geral de São Paulo está próximo de se aposentar e vinha sendo cogitado para uma vaga no Superior Tribunal de Justiça (STJ). Seu nome conta com o apoio de integrantes do Supremo Tribunal Federal, como o ministro Alexandre de Moraes, com quem tem proximidade. Além disso, Sarrubbo tem boa relação com o vice-presidente Geraldo Alckmin e é considerado um nome que transita bem tanto na esquerda quanto na direita.
Sarrubbo foi indicado à chefia do Ministério Público de São Paulo pelo governo João Doria e foi reconduzido para mais um mandato de dois anos em 2022 por Rodrigo Garcia. Em abril do ano passado, discursou em homenagem ao ministro Lewandowski, elogiando-o como “humanista e ferrenho defensor da Constituição”.
Além disso, o procurador-geral tem divergido do presidente da Câmara, Arthur Lira, em questões como o projeto que altera a lei de improbidade administrativa, o que demonstra sua independência e postura firme em suas convicções.
Em relação à composição de sua equipe, o novo ministro já sinalizou que pretende manter ao menos dois nomes que atualmente atuam na pasta: o ex-deputado Wadih Damous, do PT, como secretário Nacional de Defesa do Consumidor, e a advogada Sheila de Carvalho, que atualmente ocupa o cargo de assessora especial. A posse de Lewandowski está prevista para o dia 1º de fevereiro, quando ele poderá dar início a uma gestão que promete ser marcada por desafios e mudanças significativas na área da Justiça e Segurança Pública.