Retrato inédito de Leonardo da Vinci é divulgado no 500º aniversário de sua morte

Um esboço inédito de um retrato de Leonardo da Vinci, provavelmente feito por um de seus assistentes, foi apresentado nesta quinta-feira no Reino Unido, coincidindo com o 500º aniversário da morte do mestre da Renascença.

A obra, que segundo estimativas teria sido realizada entre 1517 e 1518, é um dos dois únicos retratos de Leonardo da Vinci feitos durante sua vida que sobreviveram através dos séculos. O outro, mais famoso, é o trabalho de Francesco Melzi, seu mais fiel discípulo.

Ambos serão apresentados ao público em uma grande exposição em Londres dedicada a Da Vinci no Palácio de Buckingham, de 24 de maio a 13 de outubro, informou em comunicado a Royal Collection Trust, organização responsável pela conservação da herança real.

Foi precisamente durante a realização de uma investigação para preparar esta exposição que Martin Clayton, diretor de pinturas e desenhos da Royal Collection Trust, identificou o retrato inédito entre as inúmeras obras da coleção, atesta o Extra.

O esboço foi “provavelmente” feito por “um assistente não identificado de Leonardo” em uma folha de papel de estudo, na qual também há esboços de pernas de cavalo feitas por Da Vinci, explica o comunicado.

— Se compararmos este esboço com o retrato de Leonardo da Vinci de Francesco Melzi, há fortes indícios de que também é uma representação do mestre da Renascença — explica Clayton. — Nariz elegante liso, a linha da barba que sobe diagonalmente da bochecha até a orelha, (…) cabelo longo e ondulado — detalha no comunicado.

Neste desenho, Leonardo da Vinci “tem cerca de 65 anos e parece um pouco melancólico, cansado do mundo”, acrescenta.

A exposição apresentará outra surpresa: os estudos de mãos feitos por Da Vinci para “A Adoração dos Magos”, uma pintura inacabada. Esses esboços, que desapareceram com o tempo, serão visíveis usando a tecnologia ultravioleta.

Mecha de cabelo do pintor é exposta na Itália

A partir desta quinta-feira, uma “extraordinária relíquia” passa a ser exposta no Museu Ideal Leonardo da Vinci , na Itália: uma mecha de cabelo de Leonardo da Vinci. Descoberta em uma coleção americana, a mecha permitirá verificar se o artista de fato repousa em Amboise, na França. Ele foi sepultado na capela do castelo local, parcialmente destruído durante a Revolução Francesa. Seus ossos teriam sido transferidos para outra capela, mas ninguém sabe ao certo.

Testes de DNA já identificaram 35 descendentes de Domenico, meio-irmão de Da Vinci. A maioria deles vive na Toscana e o cineasta Franco Zeffirelli, de “Romeu e Julieta”, é um deles. A mecha pode ajudar a encontrar mais parentes vivos de Da Vinci e talvez assegurar que são dele os restos morais em Amboise.

A exposição da mecha de cabelo é apenas uma das muitas celebrações organizadas por museus ao redor do mundo para lembrar por que o gênio renascentista ainda nos impressiona e surpreende cinco séculos após sua morte.

O brilhante pintor e cientista, nascido na cidade italiana de Vinci em 15 abril de 1452 de uma relação ilegítima entre um tabelião rico e uma camponesa adolescente, morreu no dia 2 de maio de 1519 na França.

Da Vinci ajudou a formatar o método científico e enveredou pelas mais diversas ciências: da botânica à engenharia militar, da cartografia à ótica, da anatomia à geologia. Deixou mais de 7 mil papéis com desenhos, projetos, esboços, perguntas (“o que é a alma?”) e listas de tarefas (“descrever as causas da risada”), hoje preservados em bibliotecas europeias e na coleção privada de Bill Gates. Em 1990, o fundador da Microsoft comprou, por mais de US$ 30 milhões, o “Codex Leiceste”, uma publicação com 72 páginas nas quais Da Vinci descreve o luar, os fósseis e o movimentos aquáticos.

02/05/2019

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