Durante a reunião, foi feita uma apresentação da situação epidemiológica da doença, com dados de casos suspeitos, confirmados e óbitos. Também foram abordadas a definição clínica da doença e a prevalência entre os diferentes públicos, com destaque para o grupo de crianças de 1 a 4 anos. Essas informações já haviam sido compartilhadas em uma reunião anterior com o Ministério da Saúde, que esteve em Maceió para colaborar com a investigação epidemiológica junto à Secretaria de Saúde do município e do estado.
A secretária de Saúde em exercício, Bruna Monteiro, ressaltou algumas medidas que estão sendo adotadas pelo município para lidar com a situação. Entre elas está a capacitação contínua dos profissionais de saúde para o diagnóstico precoce e o encaminhamento adequado dos pacientes. Além disso, Maceió possui estoques de medicamentos disponíveis na farmácia básica e conta com um quantitativo adequado de antibiótico específico nos estoques da Vigilância em Saúde, como a Rifampicina, que é fornecida apenas pelo Ministério da Saúde.
Quanto à vacinação, durante a reunião com o Ministério da Saúde, a Vigilância Epidemiológica de Maceió questionou a inclusão da vacina Meningocócica B no Sistema Único de Saúde (SUS). No entanto, foi informada de que a introdução de uma nova vacina requer provas técnicas e científicas de sua eficácia. Atualmente, a cepa mais circulante no país é a “C”, para a qual já existe vacina disponível no SUS. Em Maceió, estão sendo disponibilizadas vacinas que protegem contra diversos tipos de meningite, como a Meningocócica C, Meningocócica ACWY, Pneumocócica, BCG e Pentavalente.
A secretária de Saúde também anunciou que a cidade antecipará a campanha nacional de Multivacinação, visando aumentar as coberturas vacinais. Além disso, o programa Saúde da Gente leva vacinação porta-a-porta em áreas de difícil acesso, realiza vacinações em escolas e atua de forma imediata em casos suspeitos e confirmados com equipes da Vigilância.
Segundo informações divulgadas pela Prefeitura de Maceió, a meta de cobertura vacinal preconizada pelo Programa Nacional de Imunização (PNI) é de pelo menos 95% das crianças menores de 1 ano de idade com a vacina Meningocócica C. No entanto, em 2016, a imunização alcançou apenas 69,64%. Houve um aumento em 2022, com 76,94%, mas uma queda em 2023, com 66,20%.
