Através das redes sociais, o senador destacou a importância da CPI, afirmando que será um trabalho técnico e humanitário, além de ser um marco em sua trajetória parlamentar. A comissão terá a responsabilidade de apurar a responsabilidade jurídica e socioambiental da Braskem em relação ao afundamento do solo na região da cidade alagoana, provocado pelas atividades de mineração da companhia.
A presidência da CPI ficou a cargo do senador Omar Aziz (PSD-MA), com Jorge Kajuru (PSB-GO) como vice-presidente. O relator ainda será designado pelo presidente, mas já há um acordo para que ele não seja nenhum parlamentar representante de Alagoas ou da Bahia, lugares onde a empresa tem forte atuação.
A instalação da CPI foi resultado de intensas conversas entre os senadores, que indicaram 11 titulares e 7 suplentes para compor o colegiado. Segundo o senador Otto Alencar (PSD-BA), o início das atividades da comissão está previsto para depois de fevereiro, dando tempo para a preparação e organização dos trabalhos.
A CPI da Braskem visa investigar os impactos causados pelo afundamento do solo na região de Maceió, decorrentes das atividades de mineração para extração de sal-gema, utilizado na produção de substâncias químicas pela empresa. Bairros inteiros tiveram que ser evacuados devido aos riscos apresentados, e em novembro houve um novo episódio de afundamento, evidenciando a gravidade da situação.
A instauração da CPI é vista como uma vitória para as mais de 150 mil vítimas afetadas pelo desastre ambiental, demonstrando o comprometimento do Senado Federal em investigar e responsabilizar empresas que causam danos socioambientais. Este é um marco importante na luta pela justiça e reparação dos danos causados pela Braskem em Maceió.
