O relatório sustenta que a decisão da Petrobras de alienar ativos durante a crise econômica desencadeada pela pandemia possa ter ocasionado um impacto significativo na avaliação da refinaria, reduzindo assim o valor esperado da venda.
A Petrobras argumentou que a decisão de vender as refinarias fazia parte de uma estratégia maior para reduzir a dívida da empresa, ajustar-se às regulações e melhor alocar investimentos. Apesar disso, a empresa acabou adiando o cronograma de privatizações para se ajustar à crise no mercado.
Por meio de uma manifestação preliminar, a estatal disse discordar da interpretação dos riscos como expostos no relatório da CGU. No entanto, o órgão de controle pediu que a Petrobras tomasse medidas corretivas na avaliação e administração de riscos envolvidos nas vendas de suas refinarias.
O ministro da CGU, Vinícius de Carvalho, afirmou que a Polícia Federal já teve acesso ao relatório, que foi publicado no site do órgão. Além disso, no final de dezembro, a Petrobras anunciou estar negociando a recompra da Refinaria Landulpho Alves, que passou a ser chamada de Refinaria de Mataripe.
Em suma, o relatório da CGU expôs irregularidades na venda da refinaria que podem ter implicado prejuízos financeiros para a Petrobras. O caso agora está nas mãos da Polícia Federal e pode abrir caminho para futuras contestações e revisões relativas a atividades semelhantes na companhia.