Recém-formada em Veterinária pela Ufal é aprovada em residência

Maynara Kalya tem 26 anos e acabou de se formar em Medicina Veterinária pela Universidade Federal de Alagoas (Ufal). Agora, a jovem filha de empregada doméstica e de origem simples, que viveu na periferia e enfrentou grandes dificuldades para conseguir estudar, entra agora numa nova fase, será residente em  anestesiologia veterinária na Residência Profissional de Saúde em Medicina Veterinária da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE). 

A trajetória de Maynara ajuda a dar ânimo para milhares de jovens em todo o país. “Estou com muito orgulho e luta indo para minha terceira federal. Sou filha de empregada doméstica, meu pai é falecido  mas não sabia ler quando vivo, eu venho da periferia e fui educada por uma família simples. Eu sempre sonhei grande e sempre busquei melhorar minha realidade de vida futura”, conta a veterinária. 

Maynara estudou o ensino médio no Instituto Federal de Alagoas, no Campos Satuba. Logo depois, começou a graduação na universidade federal de Alagoas no curso de Medicina Veterinária. “Desde o primeiro período eu sempre almejei a residência como a próxima etapa depois da graduação, então eu direcionei tudo que era necessário fazer durante o curso para aumentar minhas chances de aprovação em algum programa de residência veterinária. Fiz duas monitorias, projeto de iniciação científica, projeto de extensão, participação em grupo de estudo, participação em palestras e eventos e também busquei ter boas notas”, afirma. 

Durante a pandemia ela também não ficou parada. Foi em busca de um estágio e conseguiu  na Universidade Federal do Paraná, junto a um professor da disciplina de Anestesiologia. “Foi o melhor estágio da minha vida, queria ter ficado mais”, conta a estudante, que saiu somente para fazer a prova da residência. 

Todo esse esforço foi bem recompensado. No início de 2021 ela começou a estudar para o programa de residência, selecionou os lugares onde pretendia prestar a prova, e então, avaliando lugares, editais passados, conteúdo programático, ela passou a estudar três horas por dia, em livros em PDF, e artigos publicados, e fazia simulados com provas passadas para ver seu desempenho. 

“A prova da UFRPE não é divulgada, então eu não sabia como era o modelo, apenas me baseei nos conteúdos que eles cobravam. A primeira etapa foi a prova, estava muito difícil. Na minha área eram duas vagas e tinham 16 pessoas concorrendo a vaga. A segunda etapa é a curricular eles avaliam tudo o que você fez durante a graduação e pontua também a nota de coeficiente acadêmico. O resultado final foi divulgado vinte dias após a prova e fui aprovada em segundo lugar”, comemora Maynara. 

E emenda: “Fico imensamente feliz em consegui realizar mais um sonho, quem me conhece sabe o quanto abdiquei e me dediquei a isso. Estou muito ansiosa para a residência, espero agregar ainda mais conhecimento para a minha vida profissional e contribuir futuramente para um melhor serviço de anestesia no meu estado, pois para ele pretendo voltar quando a residência acabar. O programa inicia em março e o coração aflora de grandes expectativas”.

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