Durante o julgamento de duas semanas, a promotoria argumentou que as falhas constantes e intermináveis de segurança por parte de Gutierrez foram determinantes para a ocorrência do incidente. Segundo a promotora Kari Morrissey, a armeira não tomou as precauções necessárias ao supervisionar as mais de 20 armas utilizadas nas filmagens, deixando as armas desacompanhadas e trazendo munição real para o set.
Imagens das filmagens mostraram atores manuseando armas de forma perigosa, sem a devida intervenção da armeira, incluindo uma cena em que Baldwin empunhava a arma de forma irresponsável. Morrissey ressaltou que Gutierrez não verificava adequadamente a munição antes de colocá-la nas armas, transformando cada cena com armas de fogo em uma espécie de roleta-russa.
Além das acusações relacionadas ao incidente no set de filmagem, Gutierrez também está enfrentando acusações de obstrução de evidência por supostamente tentar se livrar de cocaína após o ocorrido. A armeira nega todas as acusações.
Alec Baldwin, que além de protagonista é um dos produtores do filme, também será julgado por homicídio culposo no meio do ano. O caso gerou uma grande comoção na indústria do cinema e levantou discussões sobre a segurança no trabalho com armas em sets de filmagem.
A morte trágica de Halyna Hutchins serviu como alerta para a importância de seguir protocolos de segurança rígidos durante as filmagens e para a necessidade de responsabilização em casos de negligência que resultem em consequências fatais. O júri terá a difícil tarefa de determinar a responsabilidade de cada parte envolvida neste triste episódio que abalou Hollywood.