“Não estamos dizendo que um partido político ou um candidato foi afetado. Todos os partidos foram afetados, todos os candidatos em todas as eleições. É uma investigação científica e será o TSE que tomará a decisão”, afirmou Curruchiche em coletiva de imprensa.
No entanto, a presidente do STE guatemalteco, Blanca Alfaro, indicou que não há mais tempo para realizar novas eleições e alertou que, caso as autoridades eleitas não tomem posse, haverá uma “ruptura constitucional”. Segundo Alfaro, caberia ao Tribunal Constitucional anular o pleito.
A situação chamou a atenção da Organização dos Estados Americanos (OEA), que condenou “a tentativa de golpe de Estado do Ministério Público da Guatemala”. A OEA afirmou que as ações e declarações dos promotores Rafael Curruchiche e Leonor Morales constituem uma alteração da ordem constitucional do país, uma violação do estado de direito e uma violação dos direitos humanos da população da Guatemala.
Diante desse cenário, o presidente colombiano Gustavo Petro pediu à OEA que tome medidas imediatas sobre a situação na Guatemala. Segundo ele, o país está enfrentando um golpe de Estado, com o gabinete do promotor público sendo acusado de encobrir o tráfico de drogas e a corrupção, além de agir contra a democracia.
A situação política na Guatemala segue gerando preocupação e incertezas quanto ao futuro do governo e da governabilidade do país. A população aguarda ansiosamente por desdobramentos e decisões que possam garantir a estabilidade democrática e o respeito ao estado de direito.