O projeto, que conta com a parceria da Embrapa e da Universidade Federal Alagoas (Ufal), no Programa de Pós-Graduação em Agricultura e Meio Ambiente, surgiu a partir de uma demanda do Instituto de Inovação para o Desenvolvimento Rural Sustentável de Alagoas (Emater/AL). A importância do inhame para o estado foi o ponto de partida para a pesquisa, que buscou reunir informações não apenas das áreas tradicionais de cultivo, como Viçosa e Chã Preta, mas também do agreste, em cidades como Arapiraca e Limoeiro de Anadia.
O inhame, segundo o pesquisador, é um alimento versátil e nutritivo, podendo ser uma alternativa saudável em substituição às farinhas tradicionais. No entanto, durante o desenvolvimento do projeto, a equipe de pesquisa se deparou com a escassez de materiais de plantio e a presença de doenças como os nematoides, que representam um desafio para os pequenos produtores. Identificar materiais resistentes e buscar soluções para esses problemas tornou-se o foco principal da pesquisa.
O professor João Gomes ressalta a importância de educar e preparar os produtores para evitar problemas durante o plantio, como a contaminação por nematoides. A realização de treinamentos em parceria com instituições locais, como Emater/AL e Senar, visa capacitar os agricultores e promover práticas mais sustentáveis e saudáveis.
Além disso, o pesquisador destaca a possibilidade de agregar valor ao inhame através do processamento, gerando subprodutos que beneficiem os pequenos agricultores e a população como um todo. A perspectiva é de melhorar tanto a renda dos produtores quanto a nutrição da população, disponibilizando um alimento mais saudável e de qualidade.
Portanto, o projeto apoiado pela Fapeal representa uma importante iniciativa para o desenvolvimento da agricultura em Alagoas, buscando soluções inovadoras e sustentáveis para os desafios enfrentados pelos produtores locais.