Considerando as 112 estimativas atualizadas nos últimos cinco dias úteis, a mediana para 2024 caiu de 3,79% para 3,75%. Para 2025, a projeção também diminuiu, passando de 3,53% para 3,52%, considerando 109 atualizações no período. No entanto, a projeção para 2026 se manteve em 3,50% pela 33ª semana consecutiva, seguindo a reancoragem apenas parcial destacada pelo BC após a manutenção da meta de inflação em 3,0% para este e os próximos anos.
Apesar dessa diminuição nas projeções, é importante ressaltar que as estimativas do Relatório de Mercado Focus continuam acima do centro da meta para a inflação, que é de 3,00%. O IPCA de 2023 ficou em 4,62%, abaixo do teto da meta (4,75%, para um centro de 3,25% no ano passado), evitando o estouro do objetivo perseguido pelo BC pelo terceiro ano consecutivo, depois de 2021 e 2022.
Em relação à projeção suavizada, os economistas do mercado financeiro reduziram a expectativa para a inflação para os próximos 12 meses no Relatório de Mercado Focus desta semana, de 3,77% para 3,72%, de 3,86% há um mês. Essa redução da expectativa de inflação suavizada demonstra uma perspectiva mais cautelosa em relação ao comportamento da inflação nos próximos meses.
Além disso, o Comitê de Política Monetária (Copom) divulgou no fim de janeiro projeção de 3,5% para o IPCA de 2024, igual à da reunião anterior, de dezembro. Para 2025, também seguiu em 3,2%. O colegiado reduziu a Selic pela quinta vez consecutiva em 0,50 pp, para 11,25% ao ano.
Diante desse cenário, é importante acompanhar de perto a evolução das projeções de inflação, dado seu impacto direto na política monetária e nas decisões do Banco Central. A redução das expectativas para a inflação suavizada e a oscilação das projeções para os próximos anos sinalizam um ambiente de atenção e cautela por parte dos agentes econômicos.