Folashade Ade-Banjo, uma profissional de marketing de 30 anos, se tornou um exemplo desse fenômeno ao compartilhar um vídeo de sua demissão por um gigante de tecnologia americana no TikTok. O vídeo acumulou meio milhão de visualizações e milhares de comentários em questão de horas.
Outros profissionais, como Joni Bonnemort, também compartilharam suas experiências de demissão, mostrando-se chorando e relatando a dor da perda do emprego. Esses profissionais estão usando as redes sociais como forma de processar as emoções que envolvem a demissão, e muitos deles receberam apoio e solidariedade de milhares de internautas.
Vanessa Burbano, professora da Columbia Business School, observa que o trabalho remoto encorajou muitas pessoas a se manifestarem online, quebrando a fronteira entre o pessoal e o profissional. O compartilhamento dessas experiências pode servir como uma forma terapêutica de lidar com a demissão e também como uma maneira de atrair a atenção de recrutadores em busca de novas oportunidades de emprego.
Porém, as empresas também precisam se adaptar a essa nova realidade. Lindsey Pollack, autora de livros de carreira, alerta que as empresas precisam compreender que tudo pode ser registrado e compartilhado nas redes sociais atualmente, e que as pessoas se sentem cada vez mais confortáveis em fazer publicações online. As postagens sobre demissões não devem prejudicar as carreiras e futuras oportunidades dos profissionais, mas é importante que eles estejam preparados para a possibilidade de ganhar notoriedade.
Apesar dos desafios, a tendência de compartilhar experiências de demissão nas redes sociais parece estar crescendo, oferecendo uma forma de apoio e solidariedade para aqueles que enfrentam esse momento difícil. Como afirmou Ade-Banjo, o objetivo dessas publicações é esclarecer e desestigmatizar o processo de demissão, mostrando que aqueles que passam por essa situação não estão sozinhos.