De acordo com a pesquisa, 45% dos presidentes de empresas acreditam que suas empresas durarão 10 anos ou menos caso sigam o rumo atual, um aumento em relação aos 39% registrados em 2023. No Brasil, esse número aumentou de 33% para 41% no mesmo período. A pesquisa ouviu cerca de 4,7 mil CEOs em todo o mundo.
Para Marco Castro, sócio-presidente da PwC no Brasil, os dados refletem um “senso de urgência” por parte do mundo corporativo diante das mudanças disruptivas. A preocupação com as mudanças climáticas também teve um crescimento significativo, especialmente devido ao calor extremo que marcou o verão no Hemisfério Norte e a primavera no Brasil.
A pesquisa também revelou que 97% dos CEOs tomaram medidas nos últimos cinco anos para mudar a forma como criam, entregam e capturam valor, porém, essas medidas parecem insuficientes para reduzir a insegurança em relação à continuidade dos negócios a longo prazo.
A confiança na perpetuidade dos negócios parece ter se descolado do desempenho da economia, com 38% dos CEOs acreditando que o crescimento global acelerará nos próximos 12 meses, em comparação com 18% em 2023. No Brasil, essa porcentagem aumentou de 17% para 36%.
Além das preocupações com as mudanças climáticas e a inteligência artificial, as empresas brasileiras enfrentam desafios específicos, como a transição para fontes de energia de baixo carbono, o que pode gerar oportunidades de negócios no país devido à sua matriz energética renovável.
Por outro lado, a baixa qualidade da educação e da mão de obra no Brasil é um problema crônico que precisa ser enfrentado para que as empresas possam se adaptar à evolução tecnológica. Castro destaca que a melhoria na qualidade da educação representaria uma oportunidade significativa para as empresas brasileiras sobreviverem às mudanças disruptivas no mercado.