Presidentes globais preocupados com a continuidade dos negócios em meio a mudanças disruptivas, revela pesquisa da PwC.

Presidentes de grandes companhias globais estão cada vez mais preocupados com a perpetuidade de seus negócios, apesar de se sentirem mais preparados para enfrentar mudanças disruptivas, como o aquecimento global e o avanço da inteligência artificial (IA). É o que mostra a Global CEO Survey de 2024, realizada pela consultoria PwC e divulgada durante o Fórum Econômico Mundial, em Davos, na Suíça.

De acordo com a pesquisa, 45% dos presidentes de empresas acreditam que suas empresas durarão 10 anos ou menos caso sigam o rumo atual, um aumento em relação aos 39% registrados em 2023. No Brasil, esse número aumentou de 33% para 41% no mesmo período. A pesquisa ouviu cerca de 4,7 mil CEOs em todo o mundo.

Para Marco Castro, sócio-presidente da PwC no Brasil, os dados refletem um “senso de urgência” por parte do mundo corporativo diante das mudanças disruptivas. A preocupação com as mudanças climáticas também teve um crescimento significativo, especialmente devido ao calor extremo que marcou o verão no Hemisfério Norte e a primavera no Brasil.

A pesquisa também revelou que 97% dos CEOs tomaram medidas nos últimos cinco anos para mudar a forma como criam, entregam e capturam valor, porém, essas medidas parecem insuficientes para reduzir a insegurança em relação à continuidade dos negócios a longo prazo.

A confiança na perpetuidade dos negócios parece ter se descolado do desempenho da economia, com 38% dos CEOs acreditando que o crescimento global acelerará nos próximos 12 meses, em comparação com 18% em 2023. No Brasil, essa porcentagem aumentou de 17% para 36%.

Além das preocupações com as mudanças climáticas e a inteligência artificial, as empresas brasileiras enfrentam desafios específicos, como a transição para fontes de energia de baixo carbono, o que pode gerar oportunidades de negócios no país devido à sua matriz energética renovável.

Por outro lado, a baixa qualidade da educação e da mão de obra no Brasil é um problema crônico que precisa ser enfrentado para que as empresas possam se adaptar à evolução tecnológica. Castro destaca que a melhoria na qualidade da educação representaria uma oportunidade significativa para as empresas brasileiras sobreviverem às mudanças disruptivas no mercado.

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