Durante o encontro, o presidente enfatizou a importância da parceria econômica entre Brasil e Japão, ressaltando que o fluxo comercial entre os dois países já foi de quase 18 bilhões de dólares, mas atualmente está em torno de 11 bilhões de dólares. Ele destacou que essa quantia ainda é considerada baixa diante da relevância das economias japonesa e brasileira.
O Japão se tornou o primeiro país a contribuir com o Programa Nacional de Conversão de Pastagens Degradadas em Sistemas de Produção Agropecuários e Florestais Sustentáveis (PNCPD), demonstrando interesse em apoiar a recuperação de até 40 milhões de hectares de pastagens de baixa produtividade no Brasil. Essa iniciativa visa ampliar a área de produção de alimentos de forma sustentável, sem a necessidade de desmatamento.
O acordo de cooperação com a JICA inclui duas linhas de atuação: Cooperação Financeira, que oferecerá financiamento para produtores agrícolas envolvidos na conversão de pastagens degradadas, e Cooperação Técnica, que definirá as regiões e propriedades-alvo, além de promover pesquisa, desenvolvimento e inovação.
O Ministério da Agricultura informou que os detalhes financeiros da parceria serão definidos pela JICA, com taxas de juros entre 1,7% e 2,4% em Iene japonês, prazos de pagamento de 15 a 40 anos e carência de 5 a 10 anos. Além disso, o vice-presidente e diretores da JICA visitarão o Brasil neste mês para discutir a modelagem financeira e apresentar um relatório durante a cúpula do G20, em novembro.
No ano passado, o Japão foi o quarto maior destino das exportações brasileiras do agronegócio, com a aquisição de produtos como cereais, farinhas, preparações, carnes e complexo de soja, totalizando US$ 4,136 bilhões. Com a assinatura desses acordos bilaterais, a expectativa é fortalecer ainda mais a parceria entre Brasil e Japão, beneficiando ambos os países.