Presidente eleito da Guatemala rejeita ataque do Ministério Público e denuncia tentativa de golpe à democracia.

O presidente eleito da Guatemala, Bernardo Arévalo, rejeitou veementemente o novo ataque do Ministério Público que busca invalidar sua vitória eleitoral, descrevendo-o como um “golpe no coração da democracia guatemalteca”. A menos de um mês de sua posse, Arévalo chamou o movimento de “golpe de Estado absurdo, ridículo e perverso”. Em coletiva de imprensa, convocou os guatemaltecos a defenderem energicamente as eleições e a possibilidade de construir um país diferente.

O presidente eleito declarou que o Ministério Público está tentando impedi-lo de assumir o poder em 14 de janeiro por temer o cumprimento de sua promessa de combate à corrupção. A procuradora Leonor Morales baseou sua denúncia em anomalias encontradas nas atas finais de encerramento do escrutínio, alegando que não foram aprovadas pelo plenário do Tribunal Supremo Eleitoral (TSE) e, portanto, seriam nulas para validar os resultados das eleições.

O TSE deverá analisar o resultado da investigação e tomar uma decisão a respeito, mas a presidente Blanca Alfaro defende a validade da eleição e afirmou que os resultados são oficiais, inalteráveis e os eleitos devem tomar posse em janeiro. Ela ressaltou que o Ministério Público não tem poder para anular uma eleição a não ser por decisão da Corte de Constitucionalidade, órgão máximo do Judiciário.

Os apoiadores de Arévalo acusaram a procuradora-geral Consuelo Porras de ser a arquiteta do “golpe de Estado” e pediram sua renúncia em manifestações de rua. O presidente eleito alega que os golpistas estão tentando destruir o regime democrático e recorreu à OEA contra a perseguição do Ministério Público, contando com o apoio de Estados Unidos, União Europeia, OEA e ONU.

Apesar disso, o Ministério Público acusou Arévalo de supostas ilegalidades na formação de seu partido, além de um suposto caso de lavagem de dinheiro, defendendo a retirada de sua imunidade. O presidente eleito rejeitou essas acusações, afirmando que estão devidamente documentadas. A situação política na Guatemala permanece tensa, com o país dividido sobre a validade da eleição de Arévalo e o futuro da democracia guatemalteca em jogo.

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