“Hoje, com as variáveis que temos, o mais apropriado é o ritmo de corte de 50 pontos nas próximas duas reuniões. Em relação ao cenário fiscal, reconhecemos o esforço do governo e ele precisa melhorar”, afirmou Campos Neto durante a divulgação dos principais motivos que levaram à previsão de queda no Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) para 4,5% em 2023. O índice está dentro da meta de inflação estabelecida para o ano, que tem um intervalo 1,75% e 4,75%.
Essa previsão de queda inflacionária se baseia em um cenário externo mais estável, principalmente na economia americana, e um recuo no preço das commodities, destacando a diminuição dos custos com energia. No entanto, Campos Neto ressaltou que não existe uma relação mecânica entre fiscal e a queda de juros.
O presidente do Banco Central ainda elogiou os esforços do governo para alcançar a meta fiscal, reconhecendo a dificuldade na aprovação de projetos no Congresso, mas ressaltando as recentes vitórias, como a aprovação da medida provisória que pode render até R$ 35 bilhões para o governo e avanços com reformas importantes, como a Reforma Tributária.
Em relação ao cenário fiscal, reconhecemos o esforço do governo e ele precisa melhorar. Tem um “gap” entre o que o mercado entende que precisa o governo. Mas não existe uma relação mecânica entre fiscal e a queda de juros — afirmou Campos Neto.
Campos Neto também parabenizou o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, pelo grande esforço e pelo avanço com reformas importantes, como a Reforma Tributária. A aprovação da medida provisória pelo Senado também foi destacada, mostrando que o governo está avançando em suas metas econômicas.