Presidente da Anfavea que liderou implementação do Rota 2030, Antonio Megale, morre aos 66 anos.

Antonio Megale, engenheiro de 66 anos e ex-presidente da Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores), faleceu nesta sexta-feira. Durante sua gestão na entidade, de 2016 a 2019, Megale se destacou por seu trabalho na implementação do programa Rota 2030, que tinha como objetivo incentivar a inovação e a pesquisa no setor automobilístico.

A Anfavea lamentou o falecimento de um de seus mais importantes executivos e ressaltou a importância de Megale na conquista do Rota 2030. Em nota, a entidade declarou: “Não é nenhum exagero chamar Antonio Megale, presidente da Anfavea no mandato 2016-2019, de pai do Rota 2030. Ninguém dentro do setor automotivo nacional batalhou mais do que ele para que esta política industrial, fundamental para a previsibilidade e o avanço tecnológico dos veículos nacionais, em vários aspectos, fosse implementada”.

Durante sua gestão, Megale negociou com o governo do ex-presidente Michel Temer a implementação do programa em 2018. O Rota 2030 substituiu o programa Inova-Auto, que teve fim em 2017. Na época, a instabilidade política, devido ao processo de impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff, poderia ameaçar a continuidade da política pública.

Megale realizou diversas viagens a Brasília para explicar a importância da política setorial ao então presidente Michel Temer. Como resultado, o Rota 2030 foi oficialmente anunciado em julho de 2018 e instituído em outubro, quando Temer assinou, junto com Megale, o decreto que regulamentava seu funcionamento, durante a abertura do Salão do Automóvel.

Além de sua atuação na Anfavea, Megale teve passagens importantes pela Volkswagen do Brasil, Chrysler e Renault. Ele também foi presidente da AEA (Associação Brasileira de Engenharia Automotiva) por dois mandatos seguidos, de 2011 a 2014, e vice-presidente da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo) de 2017 a 2021. Em julho de 2022, após quase quatro décadas dedicadas ao setor automotivo nacional, anunciou sua aposentadoria de todas as suas atividades profissionais.

Após o falecimento de Megale, a União da Indústria da Cana-de-Açúcar e Bioenergia (Unica) também lamentou a perda e destacou sua defesa do etanol como caminho para um futuro mais sustentável da indústria automotiva. A entidade ressaltou o conhecimento técnico e a vasta experiência de Megale, assim como sua cordialidade e integridade.

Antonio Megale deixa a esposa Maysa e os filhos Bruno e Vitor. Sua partida deixa um legado importante para o setor automobilístico brasileiro, especialmente através do programa Rota 2030, que continuará impactando a inovação e a pesquisa na indústria.

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