Milei, que implementou um programa de austeridade logo após assumir a presidência em dezembro, terá a oportunidade de discutir o acordo vigente de US$ 44 bilhões do país com o FMI, que recentemente foi aprovado para uma revisão que poderá destravar um desembolso de US$ 4,7 bilhões para a Argentina. Este foi o primeiro acerto de Milei na negociação com o FMI, que havia sido criticado por ele durante sua campanha eleitoral.
Além do encontro com Georgieva, o ministro da Economia argentino, Luis Caputo, também terá uma reunião separada com a diretora-gerente do FMI. Caputo terá uma agenda independente da de Milei em Davos, buscando encontrar-se com empresários e líderes de bancos, como o brasileiro Andre Esteves, do BTG Pactual. Já a ministra de Relações Internacionais de Milei, Diana Mondino, terá encontros com líderes de multinacionais e bancos no evento.
A presença de Milei em Davos também coincide com o anúncio de um crescimento significativo na safra de soja da Argentina, que deve crescer 160% no primeiro ano de seu governo. Entretanto, a situação econômica do país continua desafiadora, com a inflação atingindo o preocupante índice de 211% ao fechar o ano de 2023, superando até mesmo a da Venezuela.
Diante desse cenário, a presença de Milei no Fórum Econômico Mundial é crucial para que ele possa buscar alternativas e soluções para a crise econômica que assola seu país. A expectativa é que as discussões em Davos resultem em avanços significativos nas negociações entre a Argentina e o FMI, trazendo esperança de estabilidade e recuperação econômica para a nação sul-americana.