Prefeitura decide por manter festas para Iemanjá na orla de Pajuçara

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Da esquerda para a direita: mãe Ziza, Wagner
Mendes, Rodrigo Petinati, pai Célio e Flavia de Oyá
(Foto: Lucas Leite/G1)

Evangélicos também querem o espaço para realizar um evento no dia 8.
À SMCCU, eles dizem que vão brigar na Justiça.

A Superintendência Municipal de Controle do Convívio Urbano (SMCCU) informou, nesta quarta-feira (2), que decidiu manter a manifestação em homenagem à Iemanjá, atendendo os grupos de matriz africana, no próximo dia 8.

A decisão do órgão acontece durante uma disputa entre o Coletivo Religioso de Matriz Africana e evangélicos que desejam usar o espaço na orla de Pajuçara para as festividades naquela data.

De acordo com a SMCCU, em relação aos evangélicos, o órgão vai aguardar a decisão judicial, já que representantes informaram que vão acionar a Justiça para utilizar a Praça Multieventos.

Tradicional em Maceió, há anos diversos grupos de matriz africana celebram o Dia de Iemanjá nesta data. Só que este ano, evangélicos também pediram para usar o espaço para realizar o evento “Maceió de Joelhos” no mesmo dia.

Os dois grupos chegaram a se reunir, na última segunda-feira (30), na sede das Promotorias da Capital do Ministério Público de Alagoas, no Barro Duro, para decidir o impasse, mas isso não aconteceu.

De acordo com mãe Zazi, integrante do coletivo religioso de matriz africana, o movimento vê a atitude dos evangélicos como intolerância religiosa.

“É um dia muito esperado pelos adeptos [das religiões afro], inclusive do interior do estado. Achamos que o que está acontecendo é uma intolerância cultural e religiosa”.

Para o pastor evangélico Paulo César da Silva, a data e o local do evento têm um objetivo em especial. Ele afirma que não há nenhuma perseguição por parte da religião cristã. “A data foi escolhida para realizar o evento ‘Maceió de joelhos’, por ser um dia após o aniversário da capital. O local é por ser de fácil acessibilidade”, afirmou o pastor.

O pastor diz ainda que o evento acontece há cerca de nove anos e que já é considerado tradicional. Segundo Silva, o objetivo é rezar pelas famílias alagoanas.

G1

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