Inicialmente, o mercado reagiu de forma negativa à notícia de que os estoques comerciais de petróleo bruto nos Estados Unidos haviam aumentado levemente ao invés de diminuírem, como era esperado. Na semana encerrada em 20 de outubro, essas reservas se recuperaram parcialmente, com um aumento de 1,4 milhão de barris, totalizando 421,1 milhões de barris. Os analistas esperavam uma redução de 450 mil barris, segundo informações da agência Bloomberg.
Além disso, os estoques de gasolina aumentaram em 200 mil barris, contrariando as expectativas de uma redução de 1,2 milhão de barris. Esses dados iniciais levaram os preços do petróleo a uma queda.
No entanto, ao longo do dia, os preços começaram a se recuperar. Isso se deveu, em parte, aos comentários do presidente americano, Joe Biden, sobre as ações dos colonos israelenses contra os palestinos. Biden afirmou que esses ataques devem “parar agora”, o que diminuiu os receios de que a guerra entre Israel e o Hamas se espalhe para países vizinhos. Essa perspectiva mais favorável resultou de um esforço diplomático em andamento, de acordo com o analista John Evans, da PVM Energy.
Essa recuperação nos preços do petróleo reflete a sensibilidade do mercado às questões geopolíticas e aos dados econômicos. A situação no Oriente Médio sempre causa impacto nos preços do petróleo, uma vez que a região é um importante produtor e a instabilidade pode afetar a oferta global. Além disso, os dados sobre as reservas nos Estados Unidos influenciam diretamente a percepção do mercado em relação à demanda e à produção de petróleo.
Apesar da volatilidade dos preços do petróleo nos últimos dias, é importante ressaltar que investimentos neste setor costumam ser de longo prazo. Portanto, é necessário avaliar o cenário global e considerar que eventos pontuais podem afetar os preços, mas não necessariamente indicam uma tendência duradoura.
