Possível rescisão de acordo de delação premiada de tenente-coronel ligado a Bolsonaro não impactaria investigações em curso, afirmam investigadores da PF.

Os investigadores da Polícia Federal estão analisando a situação do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, e consideram que uma possível rescisão do acordo de delação premiada não traria prejuízos significativos para as investigações em andamento. De acordo com os agentes, boa parte das informações relevantes para os casos em curso foram obtidas a partir do material apreendido nos dispositivos eletrônicos de Cid, e não apenas nos relatos feitos por ele.

Nesta sexta-feira, o tenente-coronel foi detido novamente por descumprir medidas cautelares e por obstrução à Justiça, enquanto a validade do acordo de delação ainda está sendo avaliada. Desde que firmou o acordo, em setembro do ano passado, Cid colaborou em diversas investigações em andamento, incluindo aquelas que envolvem suspeitas de tentativa de golpe de Estado, fraudes em cartões de vacinação e desvio de joias da Presidência da República.

Ao fechar a delação, Cid contribuiu especialmente para a investigação sobre o suposto plano para manter Bolsonaro no cargo presidencial, contando com o testemunho de ex-comandantes do Exército e da Aeronáutica. O mandado de prisão preventiva foi emitido pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF, após uma audiência na qual Cid confirmou os termos do acordo de colaboração.

A situação do tenente-coronel se complicou após a divulgação de áudios nos quais ele critica a maneira como a Polícia Federal e Moraes conduziram seus depoimentos. Ele alega ter sido pressionado a falar sobre informações falsas ou das quais não tinha conhecimento. Diante disso, a PF está considerando rescindir o acordo de delação, conforme informações da colunista Bela Megale. A validade do acordo continua sendo objeto de análise pelas autoridades competentes.

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