POLÍTICA – Presidente Lula defende reforma no financiamento climático e comenta guerras em evento na COP28 em Dubai.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva participou de mais um evento na Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas de 2023 (COP28), que está ocorrendo em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos. Durante esse evento, o presidente defendeu que os mecanismos para financiamento climático e ambiental não podem seguir o modelo de funcionamento de instituições como o Fundo Monetário Internacional (FMI) e o Banco Mundial. Segundo Lula, esses mecanismos não podem reproduzir a lógica excludente dessas instituições.

Lula ressaltou a importância de reformar os mecanismos de financiamento ambiental, destacando que os países desenvolvidos possuem muito mais representatividade nos maiores fundos ambientais do que os países em desenvolvimento. Além disso, ele explicou que existem barreiras burocráticas que impõem dificuldades para que os países pobres acessem esses fundos.

De acordo com Lula, os países em desenvolvimento necessitarão de 4 a 6 trilhões de dólares anualmente para implementar suas contribuições nacionalmente determinadas e planos de adaptação. Por esse motivo, o debate sobre a falta de representatividade e a necessidade de reforma do Banco Mundial e do FMI se torna crucial.

O presidente participou do evento na COP28 organizado pelo G77 + China, um grupo formado em 1964 que reúne 134 nações de países da Ásia, África e América Latina, funcionando como contraponto ao G7, que reúne apenas as maiores potências do planeta.

Além disso, durante o evento, foi criado um Fundo de Perdas e Danos para financiar as medidas de compensação ambiental para os países mais vulneráveis, que já recebeu recursos que somam US$ 420 milhões de doações voluntárias. No entanto, a administração desse fundo pelo Banco Mundial tem despertado dúvidas de organizações ambientalistas sobre como será organizado o acesso a esses recursos.

Antes de abordar as questões climáticas, Lula também comentou sobre as guerras na Ucrânia e na Palestina, pedindo medidas dos responsáveis pelos conflitos para que encerrem as batalhas. Ele chama a ação de Israel na Faixa de Gaza de genocídio e pede que as partes envolvidas na guerra se sentem à mesa de negociação.

Lula também aproveitou a ocasião para solicitar ações mais concretas do secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), António Guterres, para alcançar um acordo nessas guerras, além de defender mudanças no Conselho de Segurança da ONU, órgão responsável por preservar a paz mundial. Ele enfatizou a necessidade de uma mudança no Conselho de Segurança, caso contrário, a irresponsabilidade prevalecerá sobre a sensatez daqueles que brigam por paz.

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