Essa é a segunda viagem oficial de Lula ao continente africano durante o seu terceiro mandato. Em agosto do ano passado, ele visitou três países – África do Sul, Angola e São Tomé e Príncipe. Durante essa viagem, o ex-presidente abordou temas como desigualdade, fome, transição energética, mudanças climáticas e a ampliação do comércio entre o Brasil e os países africanos.
A visita ao Cairo marca o centenário das relações diplomáticas entre o Brasil e o Egito. Atualmente, o Egito é o segundo maior parceiro comercial do Brasil na África, atrás apenas da Argélia. Em 2023, o comércio bilateral entre os países atingiu US$ 2,8 bilhões. O governo brasileiro espera que esse valor aumente nos próximos anos, especialmente após a abertura do mercado egípcio para diversos produtos brasileiros em 2023.
Além disso, o Brasil e o Egito estão discutindo a possível abertura de uma rota aérea entre os dois países, ligando São Paulo ao Cairo. O Egito também se tornou parte do grupo Brics em 2024, uma associação que reúne as economias emergentes do Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul.
Após sua visita ao Egito, Lula embarcará para Adis Abeba, na Etiópia, para participar como convidado da Cúpula de Chefes de Estado e Governo da União Africana, nos dias 16 e 17. Reuniões bilaterais também estão previstas, e outros líderes mundiais, como o secretário-geral da ONU, António Guterres, e o presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, devem participar do evento.
O governo brasileiro, que atualmente preside o bloco das 20 maiores economias do mundo, tem como objetivo fortalecer os laços comerciais e diplomáticos com os países africanos durante essa viagem de Lula ao continente. A expectativa é que essa visita abra novas oportunidades de cooperação entre o Brasil e nações do continente africano.