Após a leitura do relatório, o presidente do colegiado, tenente-coronel Zucco (Republicanos-RS), encerrou rapidamente a sessão, impedindo que os deputados tivessem tempo para se manifestar sobre o assunto.
Durante a reunião, Salles apresentou um resumo do relatório no qual faz acusações contra o movimento, que defende a reforma agrária e apoia a agricultura familiar. O deputado apontou uma série de irregularidades praticadas pelo MST, como abusos contra assentados e privilégios de dirigentes, além de acusações de apropriação de recursos públicos.
O relator afirmou ainda que não é necessário, pelo menos nesse momento, aumentar as áreas destinadas à reforma agrária. Na visão de Salles, o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) é considerado o “maior latifundiário improdutivo do país”.
Além disso, o deputado prometeu apresentar anexos ao relatório, detalhando o que, segundo ele, são crimes praticados por membros do movimento. Salles solicita também o indiciamento de 11 pessoas, incluindo o ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) Gonçalves Dias e José Rainha, líder da Frente de Luta Campo e Cidade. O deputado sugeriu ainda que o presidente do Instituto de Terras e Reforma Agrária de Alagoas (Iteral), Jaime Messias Silva, seja indiciado.
No entanto, é importante ressaltar que as informações apresentadas são provenientes do relatório elaborado pelo deputado Salles e não foram confirmadas por outras fontes. Essas acusações são de grande relevância e precisam ser cuidadosamente apuradas e investigadas para garantir a justiça e a transparência no processo.
A votação do relatório na próxima terça-feira será um momento crucial para avaliar as conclusões do deputado Salles e determinar os próximos passos dessa investigação. O resultado dessa votação terá impacto direto nas medidas que serão tomadas em relação ao MST e seus membros, assim como nas políticas de reforma agrária no Brasil.