De acordo com a decisão judicial, os elementos coletados mostraram que Bolsonaro teria recebido a minuta do decreto elaborada por Filipe Martins e Amauri Feres Saad para executar um golpe de Estado, detalhando supostas interferências do Poder Judiciário no Poder Executivo e determinando a prisão de diversas autoridades. Posteriormente, foram feitas alterações para atender a solicitação do então presidente, mantendo a prisão de Moraes e a realização de novas eleições.
Além disso, a PF identificou que Bolsonaro teria convocado uma reunião com os comandantes das Forças Armadas para apresentar a minuta e pressioná-los a aderirem ao golpe de Estado. O encontro teria acontecido em 7 de dezembro de 2022, no Palácio da Alvorada.
A investigação também apontou que o grupo monitorou Alexandre de Moraes para “executar a pretendida ordem de prisão, em caso de consumação do golpe de estado”. O monitoramento dos deslocamentos de Moraes entre Brasília e São Paulo foi identificado a partir de mensagens trocadas entre Mauro Cid, ajudante de ordens de Bolsonaro, e o coronel do Exército, Marcelo Camara, que atuou como assessor especial da Presidência da República.
Todo esse monitoramento e as ações do grupo criminoso, segundo a PF, demonstram a intenção real de consumar a subversão do regime democrático, procedendo a eventual captura e detenção do Chefe do Poder Judiciário Eleitoral.
Essas revelações feitas pela PF lançam ainda mais luz sobre os constantes desafios enfrentados pela democracia brasileira. A tentativa de golpe de Estado revelada por essa investigação mostra a importância de se manter vigilante contra ameaças à ordem democrática e ao estado de direito. A atuação das instituições e a preservação dos princípios democráticos se mostram fundamentais diante de tais tentativas de subversão. A democracia e a liberdade devem ser preservadas acima de tudo, e a revelação desses planos de golpe de Estado confirma a necessidade constante de vigilância e fortalecimento das instituições democráticas.