Lula se juntará aos presidentes Cyril Ramaphosa, da África do Sul, Xi Jinping, da China, e ao primeiro-ministro Narendra Modi, da Índia, enquanto o presidente da Rússia, Vladimir Putin, participará de forma remota. Durante o evento, será discutida a possível entrada de novos países no bloco, uma vez que 22 nações já manifestaram formalmente interesse em se integrar ao Brics. Além disso, os membros também debaterão sobre o Novo Banco de Desenvolvimento (NDB) e o uso de moedas locais ou de uma unidade de referência do Brics nas transações comerciais.
O secretário de Ásia e Pacífico do Itamaraty, Eduardo Paes Saboia, afirmou que é provável que haja algum resultado nessa área. Ele ressalta a importância desse assunto para o bloco. Outro tema que deve ser abordado é a guerra entre Rússia e Ucrânia, porém, essa discussão ocorrerá internamente, durante um encontro fechado entre os chefes de Estado.
Após a cúpula, o presidente Lula embarcará para Angola, onde terá uma reunião privada e outra ampliada com o presidente João Lourenço. Durante a visita ao país, serão discutidos temas como cooperação bilateral e o fortalecimento das relações históricas entre Brasil e Angola. Lula também participará de um seminário na Assembleia Nacional e de um evento empresarial, que contará com a presença de aproximadamente 60 empresários brasileiros. Durante sua estadia em Angola, também estão previstas assinaturas de acordos e memorandos nas áreas de agricultura, processamento de dados, saúde e educação.
No domingo (27), o presidente brasileiro viajará para São Tomé e Príncipe, onde participará da 14ª Conferência de Chefes de Estado da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP). A CPLP é composta por Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Guiné Equatorial, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste.
Essa viagem de Lula representa um importante momento para a diplomacia brasileira, fortalecendo os laços entre Brasil, África do Sul, Angola e demais países participantes do Brics e da CPLP. O presidente terá a oportunidade de discutir questões de interesse comum, além de buscar a ampliação do comércio e da cooperação bilateral em diversos setores.
