POLÍTICA – Deputados da CCJ adiam votação sobre prisão de Chiquinho Brazão, acusado de envolvimento no caso Marielle, gerando polêmica na Câmara.

Nesta terça-feira (26), os deputados da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) protagonizaram um intenso debate sobre a prisão preventiva do deputado federal Chiquinho Brazão (RJ), acusado de ser um dos mandantes do assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes. A votação que decidiria o futuro do parlamentar foi adiada por duas sessões após os deputados Gilson Marques (Novo-SC) e Roberto Duarte (Republicanos-AC) pedirem vista do processo.

A prisão de Brazão, membro do Congresso Nacional, requer a aprovação da maioria absoluta da Câmara dos Deputados. O relator do caso na CCJ, deputado Darci de Matos (PSD-SC), defendeu que a prisão respeitou os requisitos constitucionais, ressaltando que a detenção de um parlamentar só pode ocorrer em flagrante e por crime inafiançável.

No entanto, Marques e Duarte decidiram adiar a votação para analisar se a prisão preventiva foi legal, apontando a falta de tempo para avaliar o relatório da Polícia Federal, a decisão de prisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal de Justiça (STF), e o relatório do relator. Marques justificou que é necessário garantir a certeza de tomar a decisão correta antes de votar.

Apesar dos argumentos de Marques e Duarte, outros parlamentares criticaram o pedido de vista, defendendo a necessidade de uma análise imediata do caso para que a questão seja encaminhada rapidamente ao plenário da Câmara. A discussão em torno da prisão de Chiquinho Brazão demonstrou a importância da garantia do contraditório, do devido processo legal e da ponderação necessária diante de decisões tão delicadas envolvendo representantes políticos.

Em meio a divergências e tensões, o desfecho desse episódio ganha destaque e está na mira da opinião pública, que aguarda ansiosamente o desenrolar dos acontecimentos envolvendo um dos personagens centrais desse intrincado enredo da política brasileira.

Jornal Rede Repórter - Click e confira!




Botão Voltar ao topo