Dino ressaltou que essas peças são de extrema importância e estão contribuindo com a montagem do quebra-cabeça. No entanto, ele fez questão de destacar que essa é uma tarefa que cabe aos órgãos do sistema de segurança e de justiça, e não deve ser tratada como ação política.
Durante seu depoimento, Delgatti afirmou que o ex-presidente Jair Bolsonaro ofereceu a ele indulto em troca da invasão da urna eletrônica e de assumir a responsabilidade por um suposto grampo instalado para monitorar o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. Essa revelação é bastante grave e será confrontada pelas autoridades competentes com outros indícios.
Flávio Dino destacou que desde os terríveis eventos que se iniciaram na operação da Polícia Rodoviária Federal (PRF) no dia do segundo turno, tem se observado uma progressiva produção de provas e indícios mostrando que houve práticas ilegais. No entanto, ele ponderou que ainda não é possível antecipar até onde essas investigações vão chegar.
O ministro participou, nesta quinta-feira, da primeira reunião dos integrantes do Conselho de Governança da Estratégia Nacional de Combate à Corrupção e à Lavagem de Dinheiro (Enccla). Esse encontro tem como objetivo discutir e traçar estratégias para combater esses crimes de forma eficiente e coordenada.
Em resumo, o depoimento de Delgatti trouxe informações relevantes para as investigações sobre os atos golpistas de 8 de janeiro. Cabe agora aos órgãos de segurança e de justiça analisarem e confrontarem essas revelações com outros indícios, a fim de esclarecer os fatos e responsabilizar os envolvidos.
