POLÍTICA – Brasil manifesta apoio à denúncia da África do Sul contra Israel por genocídio na Faixa de Gaza perante a CIJ

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva expressou o apoio do Brasil à denúncia apresentada pela África do Sul contra Israel na Corte Internacional de Justiça (CIJ), acusando o país do Oriente Médio de cometer genocídio contra o povo palestino na Faixa de Gaza.

O anúncio do apoio foi feito pelo Palácio do Itamaraty, em nota à imprensa, logo após o presidente se reunir com o embaixador da Palestina no Brasil, Ibrahim Alzeben, para discutir a situação dos palestinos na Faixa de Gaza e na Cisjordânia.

Os conflitos entre Israel e Palestina, que tiveram início em outubro do ano passado, resultaram em mais de 22 mil mortes em Gaza, a maioria mulheres e crianças, em resposta aos ataques do grupo Hamas contra civis israelenses e estrangeiros.

O presidente Lula condenou os ataques terroristas do Hamas, mas ressaltou que tais atos não justificam o uso indiscriminado, recorrente e desproporcional de força por parte de Israel contra civis. Ele expressou preocupação com a situação humanitária na região, caracterizando-a como punição coletiva.

Lula manifestou apoio à iniciativa da África do Sul de acionar a Corte Internacional de Justiça para que Israel cesse imediatamente todos os atos que possam constituir genocídio ou crimes relacionados, de acordo com a Convenção para a Prevenção e Repressão do Crime de Genocídio.

Além disso, durante a reunião com o embaixador palestino, o presidente destacou os esforços do Brasil, juntamente com outros chefes de Estado e de governo, pela busca de um cessar-fogo e a libertação de reféns do Hamas, bem como a criação de corredores humanitários para proteção dos civis. Ele enfatizou a atuação do Brasil no Conselho de Segurança em busca de uma solução diplomática para o conflito.

A nota divulgada pelo Itamaraty também reiterou a defesa do governo brasileiro pela solução de dois Estados, com um Estado Palestino economicamente viável convivendo lado a lado com Israel, em paz e segurança, dentro de fronteiras mutuamente acordadas e internacionalmente reconhecidas, incluindo a Faixa de Gaza e a Cisjordânia, tendo Jerusalém Oriental como sua capital.

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