A fuga se deu por volta das 6h30, logo que a notícia sobre a operação chegou ao conhecimento da família. Os agentes aguardaram o retorno do vereador e de seus familiares, que ocorreu por volta das 12h, momento em que puderam apreender o telefone celular de Carlos.
Além disso, aparelhos celulares também foram encontrados e apreendidos na residência de Carlos no Rio, que também foi alvo da operação. O advogado da família, Fábio Wajngarten, alegou que Carlos, o pai e os irmãos saíram por volta das 5h da manhã para pescar, porém os investigadores acreditam que a saída da residência em Angra teve o objetivo de dificultar o cumprimento do mandato de busca e apreensão.
Essa ação da Polícia Federal visa apurar se Carlos Bolsonaro recebia informações do esquema ilegal de espionagem da Abin (Agência Brasileira de Inteligência), que utilizou o software de monitoramento FirstMile durante a gestão Bolsonaro para monitorar políticos e outras autoridades. A investigação também avalia a possibilidade de apreender os celulares de Jair Bolsonaro e dos outros filhos do ex-presidente. Essa operação realizada hoje é uma continuação da “Vigilância Aproximada”, que teve início na última quinta-feira (25). Fica claro que a ação da Polícia Federal visa esclarecer se o clã Bolsonaro tinha envolvimento com o esquema ilegal de espionagem que a Abin realizou durante a gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro.