PGR pede abertura de inquérito para investigar suposta “rachadinha” no gabinete do deputado federal André Janones (Avante-MG) no STF.

A Procuradoria-Geral da República (PGR) solicitou ao Supremo Tribunal Federal (STF) a abertura de inquérito contra o deputado federal André Janones (Avante-MG) para investigar uma possível prática de “rachadinha” em seu gabinete. O pedido baseia-se em um áudio divulgado pelo portal Metrópoles, no qual Janones supostamente pede para que seus assessores repassem parte de seus salários. O deputado, no entanto, nega qualquer irregularidade.

Segundo a coluna de Malu Gaspar, a PGR pediu uma série de diligências para apurar o funcionamento do gabinete do parlamentar, incluindo informações sobre os funcionários que trabalharam no local e as atividades desempenhadas por eles. Além disso, caso a abertura do inquérito seja autorizada, a PGR solicitou acesso a uma série de informações, como fichas financeiras, atividades desenvolvidas, avaliações periódicas de desempenho, declarações de parentesco, registros de acesso às dependências da Câmara dos Deputados, controles de frequência e horários, e históricos de acesso nos e-mails institucionais.

A Procuradoria também pediu o depoimento de Janones e de seus assessores e ex-assessores, incluindo o ex-secretário parlamentar Cefas Luiz Paulino. De acordo com informações obtidas pelo jornal O Globo, Paulino e outro ex-funcionário relataram que a prática de devolver salários envolvia até mesmo os valores recebidos como 13º e chegava a 60% dos vencimentos.

A vice-procuradora-geral da República, Ana Borges Coêlho, considerou as suspeitas “graves” e afirmou que há “indícios suficientes” da prática dos crimes de peculato, associação criminosa e concussão.

Caso o inquérito seja autorizado, a investigação poderá trazer à tona detalhes do funcionamento do gabinete de Janones e esclarecer as suspeitas levantadas pela PGR. Enquanto isso, o deputado enfrenta a negação das acusações e o escrutínio público sobre suas atividades parlamentares. O desenrolar desse caso promete gerar repercussão e alimentar o debate sobre a transparência e a conduta ética dos políticos no Brasil.

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