Prates se reuniu com o presidente executivo do fundo árabe, Waleed Al Mokarrab Al Muhairi, em Abu Dhabi, nos Emirados Árabes Unidos, e acertou que as equipes intensificarão os trabalhos após o feriado de Carnaval com o objetivo de finalizar a nova configuração societária e operacional da refinaria ainda neste primeiro semestre. Detalhes e andamentos atuais serão mantidos em confidencialidade até a finalização do processo.
O processo de negociação com o Mubadala teve início no ano passado, com equipes técnica e gerencial buscando maneiras de concluir o retorno da refinaria de Mataripe ao controle da estatal brasileira. A refinaria, inaugurada em 1950 e localizada em São Francisco do Conde, na Bahia, foi privatizada em dezembro de 2021, com a venda para o Mubadala por US$ 1,65 bilhão. No entanto, a venda foi alvo de críticas, com o banco BTG Pactual e o Instituto de Estudos Estratégicos de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (Ineep) esperando um valor maior pelo negócio.
Em meio a um processo interno para avaliar a compra da refinaria de Mataripe, a Petrobras está revendo contratos e vendas realizados durante o governo do ex-presidente Bolsonaro. A estatal já rescindiu o contrato de entrega de uma refinaria no Ceará, cuja negociação ocorreu em 2022.
Prates afirmou que a aproximação com países complementares em sinergias com o Brasil está alinhada com o plano de parcerias estratégicas da empresa. Ele destacou que o diálogo franco e direto está resultando em empreendimentos promissores para a Petrobras e para o Brasil.
A venda da refinaria de Mataripe está sob avaliação da estatal, em diálogo com os órgãos de controle. Prates ressaltou que há um procedimento administrativo em andamento para avaliar o negócio, sob apreciação das áreas pertinentes da companhia. A recuperação da RLAM é aguardada com expectativa, uma vez que representa uma mudança importante para a estatal brasileira e para o setor de petróleo e gás no país.