Partido radical Chega pode quadruplicar sua bancada, ameaçando a centro-direita em Portugal.

A imprensa em Portugal divulgou projeções que indicam um avanço significativo da extrema-direita no país, com o partido radical Chega podendo quadruplicar sua bancada na Assembleia Nacional. Essa possibilidade representa o maior avanço da extrema-direita na História recente de Portugal.

De acordo com as projeções, espera-se que o novo governo seja liderado pela centro-direita, com a Aliança Democrática, liderada pelo Partido Social-Democrata, conquistando até 91 cadeiras no parlamento. O líder do Chega, André Ventura, expressou sua satisfação com os resultados e indicou estar aberto a integrar o Gabinete liderado pelos social-democratas.

No entanto, apesar das especulações, ainda não há indicações concretas de que o Chega fará parte do governo, tendo em vista seu discurso anti-imigração e xenofóbico. Durante a campanha eleitoral, o presidente do Partido Social-Democrata, Luís Montenegro, afirmou que não mantém diálogo com Ventura e chegou a pedir aos eleitores do Chega que votassem em sua própria sigla, rejeitando qualquer acordo com a extrema-direita.

Analistas apontam que Montenegro pode liderar um governo de minoria, o que seria uma situação de instabilidade em Portugal. Desde 1976, apenas três Gabinetes desse tipo conseguiram completar seus mandatos, o que levanta preocupações sobre a capacidade de governabilidade nesse cenário.

O resultado das eleições representa uma possível mudança de rumo para o Partido Socialista, que corre o risco de ser relegado à oposição pela primeira vez desde 2015. O PS, que atualmente detém a maioria das cadeiras, pode agora enfrentar uma diminuição significativa em sua representação parlamentar.

Após a confirmação dos resultados, está prevista uma conferência de líderes dos partidos para discutir a formação de um novo governo. O presidente Marcelo Rebelo de Sousa também terá papel fundamental na escolha do primeiro-ministro. A posse do novo governo e a apresentação do programa de governo devem ocorrer no início de abril, com a possibilidade de ser rejeitado pelo parlamento. Acompanharemos de perto os desdobramentos desse cenário político em Portugal.

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