A ação do Partido Novo se baseia no fato de que vários países haviam suspendido repasses para a agência da ONU após denúncias de envolvimento de funcionários da UNRWA no ataque do Hamas a Israel, que desencadeou o conflito. O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, já pediu aos países que continuem a financiar a principal agência que fornece ajuda em Gaza. Na ocasião, ele informou que dos 12 funcionários acusados de envolvimento no ataque, nove foram demitidos imediatamente, outro foi confirmado como morto e os outros estavam sendo identificados, mas que todos seriam responsabilizados, incluindo processos criminais.
Diante desse contexto, o Partido Novo argumenta que a decisão de Lula de aumentar as doações para a UNRWA é preocupante. A advogada do partido, Carolina Sponza, afirmou que o ato do presidente Lula pode ser interpretado como sinalização de cumplicidade com o terrorismo, especialmente no momento em que os maiores doadores da Agência retiram suas doações por suspeita de apoio ao Hamas.
A representação protocolada pelo Novo também alega que Lula incorreu na prática de terrorismo ao tornar tal decisão pública. O partido ressalta que apesar de o Brasil não ter formalizado a declaração de que o Hamas é uma organização terrorista, não há impedimento para os outros órgãos e o próprio poder judiciário o considerar como tal.
Diante desse cenário, a atitude do Partido Novo chama atenção para a delicada questão da ajuda humanitária em meio a conflitos e tensões geopolíticas. A postura do ex-presidente Lula em relação ao aumento das doações para a UNRWA coloca o Brasil em uma posição delicada diante da comunidade internacional, e ainda gera dúvidas sobre como o país está lidando com questões sensíveis como o envolvimento com organizações classificadas como terroristas por outros países e entidades. Resta aguardar para ver quais serão os desdobramentos desse caso e como o governo brasileiro irá se posicionar diante das acusações apresentadas pelo Partido Novo.