Parlamentares reagem à declaração de Gleisi Hoffmann sobre emendas parlamentares vetadas por Lula, gerando descontentamento no Congresso.

Parlamentares reagiram com surpresa e descontentamento à declaração da presidente do PT, Gleisi Hoffmann, que classificou de “ultraje” o valor de R$ 53 bilhões em emendas parlamentares. O montante foi aprovado pelo Congresso, mas parte foi vetada depois pelo presidente Lula. Em entrevista ao GLOBO, a deputada afirmou que os congressistas não podem ficar “chateados” com o veto do governo a R$ 5,6 bilhões destinado a emendas de comissão.

O relator da Lei de Diretrizes Orçamentária (LDO), Danilo Forte (União-CE), reagiu às declarações de Hoffmann, afirmando que tais comentários atrapalham a governabilidade de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no Congresso. Forte destacou a importância do diálogo entre o governo e o Legislativo, ressaltando que a postura da presidente do PT não contribui para a conformação de uma frente ampla.

Por outro lado, Gleisi defendeu que a sociedade pressione o Parlamento a conter o avanço na gestão do Orçamento, e chamou atenção para a necessidade de os parlamentares exercerem um controle mais rígido sobre a destinação da verba para seus redutos eleitorais em ano de disputas municipais. A líder do PT também impactou ao criticar a postura do governo em relação ao Orçamento de 2024, afirmando que foi feito de forma transparente e com a participação de todos os membros, inclusive do governo. A decisão de Lula de vetar parte do valor destinado pelo Congresso às emendas de comissão gerou reação entre parlamentares, que demonstraram desejo de derrubar a medida.

O líder do União Brasil na Câmara, Elmar Nascimento (BA), também discordou da líder do PT, ressaltando a importância de priorizar os recursos para atender às necessidades da população. O debate acalorado entre os parlamentares reflete a tensão política em torno das emendas parlamentares e da relação entre Executivo e Legislativo.

Em um cenário de disputas municipais, a destinação de verbas para os redutos eleitorais dos parlamentares ganha protagonismo, e a decisão de Lula de vetar parte do valor destinado pelo Congresso às emendas de comissão mostra a complexidade das relações de poder no cenário político atual.

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