O Supremo Tribunal Federal (STF) tem um prazo de 24 horas para oficializar a prisão de Brazão à Câmara, que deve analisar a situação na próxima sessão legislativa. A líder da minoria na Câmara, deputada Bia Kicis, declarou que a oposição ao governo precisa analisar os “requisitos constitucionais” antes de decidir o voto. Ela também afirmou que, para ela, “parece que ele não poderia ser preso”.
Com relação ao voto de outros deputados, Nikolas Ferreira disse que ainda está analisando a situação e não formou opinião. Já Junio Amaral citou o caso do deputado Daniel Silveira, onde a prisão foi mantida, e declarou que, agora, em um caso “de um crime gravíssimo”, ele votará pela manutenção da prisão de Brazão.
O senador Flávio Bolsonaro comentou nas redes sociais sobre o caso, desejando que a Justiça possa solucionar definitivamente o assassinato de Marielle Franco. Se a Câmara decidir pela confirmação da prisão de Brazão, será necessária maioria absoluta dos votos dos parlamentares, ou seja, 257 votos. A votação será aberta e a decisão será promulgada na mesma sessão.
A defesa de Brazão terá a oportunidade de falar três vezes durante a análise na Câmara, antes e depois da leitura do parecer, e após a discussão, com cada manifestação durando 15 minutos. A regra que permite que os deputados decidam sobre a prisão está prevista na Constituição Federal.
Caso Brazão perca seu mandato, o suplente Ricardo Abrão assumirá a vaga na Câmara. Brazão foi expulso do partido União Brasil neste domingo, aumentando a pressão sobre o desfecho desse caso na política brasileira.