Pandemia e Olimpíadas aumentam conversas e cuidados com saúde mental

Quando se fala em “cuidar da saúde” logo pensamos nos cuidados do nosso corpo como a realização de exames periódicos (o popular check up) e a realização de atividades físicas. Com a continuidade da pandemia e, mais recente, atletas falando do impacto psicológico em suas performances nas Olimpíadas de Tóquio, a saúde mental ganhou mais notoriedade. De acordo com a Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP), 59% de seus associados perceberam um aumento de até 25% nas consultas ao longo do último ano.

De acordo com Vanessa Ferreira, psicóloga do Núcleo de Apoio Pedagógico e Psicossocial (Napps) que o Centro Universitário Tiradentes (Unit/AL) mantém para sua comunidade acadêmica, é muito comum focar os cuidados apenas na saúde do corpo e esquecer da saúde mental, mesmo que situações que interfiram no bem-estar emocional podem e tendem a interferir na saúde física e na qualidade de vida como um todo.

“É importante ressaltar que quando falamos de saúde mental ou bem-estar emocional/psicológico, não nos referimos a indivíduos que não estejam passando por problemas, mas sim indivíduos que possuem ferramentas para lidar de uma forma mais assertiva com as questões que possam vir a se apresentar”, explica a psicóloga.

Cuidar da mente é algo que deve ser buscado constantemente, sempre que o indivíduo sentir necessidade. Saúde mental não deve ser tratada como tabu, e sim como algo imprescindível para nosso bem-estar tanto quanto pessoas, quanto como sociedade, alerta Vanessa Ferreira.

“Cuidando da nossa saúde mental, não estamos cuidando apenas de nós mesmos, mas também das pessoas que estão ao nosso redor que podem ser atingidas de alguma forma pela nossa maneira de lidar com as coisas. É cuidar do que nos é caro, é cuidar de algo que deve ser sempre nossa prioridade: nós mesmos”, conclui Vanessa.
Da Revolta da Vacina a um lugar na História

O dia 5 de agosto foi escolhido para celebrar o Dia Nacional da Saúde por ser a data de nascimento do sanitarista Oswaldo da Cruz, um importante personagem na história do combate e erradicação das epidemias de peste bubônica, febre amarela e varíola no Brasil no começo do século XX.

Desde que o mundo começou a enfrentar a pandemia do novo coronavírus, alguns dos mesmos cuidados que Oswaldo Cruz empregou nos idos de 1900 voltaram à tona para a promoção da saúde pública: medidas de higiene pessoal, lavar as mãos com frequência, isolamento das pessoas doentes, após a devida notificação dos casos, e vacinação do maior número possível de pessoas.

Ele chegou a enfrentar a “Revolta da Vacina” quando instituiu a obrigatoriedade da vacinação dos adultos para a varíola. Após uma semana intensa de conflitos e reclamações da população, Congresso, imprensa e até setores das Forças Armadas, a obrigação foi derrubada, mas a população no Rio de Janeiro (então capital do Brasil) seguiu e conquistou resultados positivos para a diminuição de casos.

Desta forma, as demais cidades do país copiaram a medida e, como conta o próprio Centro Cultural do Ministério da Saúde, em um novo surto de varíola alguns anos mais tarde, a população buscou os postos de vacinação por conta própria. Os últimos casos de varíola registrados no país foram em abril de 1971 e a doença está erradicada no Brasil há 50 anos.

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