Palmeiras cobra R$160 milhões da Real Arenas e rompe contrato com empresa do gramado; WTorre também envolvida em novos negócios com clubes paulistas.

O Verdão aciona a Justiça para cobrar R$ 160 milhões da Real Arenas, empresa criada pela WTorre para controlar as atividades do Allianz Parque até 2044. Esse valor se refere a repasses devidos desde 2015 e que ainda não foram pagos ao clube paulista. A quantia inicialmente apresentada pela presidente Leila Pereira era menor, mas foi revisada após constatar que os valores devidos eram maiores do que o informado anteriormente.

A Real Arenas afirmou que, até o momento, não recebeu nenhum comunicado oficial sobre a cobrança. O valor em questão está sendo cobrado na Justiça de São Paulo, que também está investigando o caso para averiguar se houve apropriação indébita e associação criminosa, a pedido do Palmeiras. Este montante de R$ 160 milhões é extremamente relevante para a agremiação alviverde, especialmente considerando que nenhum centavo foi recebido até o momento.

O embate entre Palmeiras e WTorre se estende para além do âmbito judicial. O clube deixou de jogar no Allianz Parque após inúmeras reclamações sobre o gramado da arena. A insatisfação com o campo é notória e até mesmo o técnico Abel Ferreira já expressou seu desagrado, principalmente após a realização de shows na Arena, que desgastaram a grama do estádio.

Segundo a diretoria do Palmeiras, houve repasses por parte da Real Arenas nos dois últimos meses de 2014 e de janeiro a junho de 2015 (com exceção do mês de maio). Na ocasião em que foi revelado o valor de R$ 150 milhões, a construtora reconheceu a dívida, mas questionou a quantia cobrada por este débito.

O clube resolveu encerrar o contrato com a Soccer Grass, responsável por instalar o gramado sintético no Allianz Parque e na Academia de Futebol em 2020, como sinal de descontentamento com a demora nas soluções apresentadas pela empresa. A Real Arenas pediu a substituição do composto termoplástico do gramado, alegando que o material não resistiu ao calor da cidade.

Diante da tensão com a empresa, o Palmeiras optou por mandar suas partidas na Arena Barueri, enquanto aguarda a reforma do gramado do Allianz Parque. No entanto, a Federação Paulista de Futebol (FPF) interditou o estádio, alegando que o gramado sintético não se encontra em condições adequadas para receber jogos.

Com o impasse, o Palmeiras tem o próximo jogo como mandante marcado para o domingo, dia 18, contra o Corinthians, pela nona rodada do Campeonato Paulista. A expectativa é de que o Allianz Parque esteja com o gramado reformado até o dia 20 de fevereiro.

Além disso, o Santos tem um acordo com a WTorre para a construção de um novo estádio na Vila Belmiro, enquanto o São Paulo assinou um contrato para reformar o MorumBis até 2030. Estes acordos mostram que a WTorre segue realizando negócios com clubes paulistas, apesar dos problemas enfrentados com o Palmeiras.

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